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Não ser Perfeita

Não ser perfeita e ser inacreditavelmente ideal fazem parte do processo de transformação por algo que acreditamos ser melhor – ensino, pesquisa e extensão – sejam bem vindos à Botânica: do Hobby à Profissão.

E ser inacreditavelmente ideal

Hobby – atividade de entretenimento, passatempo, mania.

Faz parte do processo de Transformação

Atividade de extensão desenvolvida no Caps II, em Vitória da Conquista, com alunos de biotecnologia e farmácia da UFBA, usuários e funcionários.

Pesquisa e Luta

Plantas medicinais, plantas que curam, o remédio que vem da natureza. Eficácia no tratamento de vários sintomas e doenças também requer cuidados no seu uso. O natural pode fazer mal.

Por algo que acreditamos ser melhor

Alimentos funcionais – a saúde na mesa de forma barata e prática.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um pouco sobre coifa, o que protege o ápice radicular.

Uma parte da raiz, uma estrutura tão pequena e ao mesmo tempo tão importante. Um pequeno grupo de células parenquimáticas na forma de um dedal que protege a extremidade da raiz. É encontrada em todas elas, exceto nas raízes sugadoras, e vai perdendo as células mais externas à medida que a raiz vai penetrando no solo para fixar a planta e absorver água e nutrientes em solução, na região dos pêlos absorventes. No geral tem duração de 4 a 9 dias, constantemente novas células são produzidas pelo meristema, em substituição às que são perdidas por descamação e secretam mucilagem, acumulada nas vesículas do Complexo de Golgi, que se fundem com a membrana celular e liberam na parede da célula. Essa mucilagem facilita na redução do atrito com o solo, modifica as propriedades do solo na região, ajuda na proteção contra patógenos, na absorção de nutrientes e manutenção da umidade local.
Corte Transversal em raiz de feijão, na altura dos pontos de saída de raízes laterais
Nela existe uma região, chamada de columela, em que suas células são ricas em amiloplastos. Esses plastídeos que armazenam amido auxiliam como um sensor de gravidade, fazendo com que a raiz tenha crescimento geotrópico positivo, ou seja, cresça em direção ao solo. Claro que não são apenas eles mas existem alguns estudos que sugerem isso.

domingo, 29 de maio de 2011

Mais sobre ensinar, ser biólogo.

Nunca me imaginei lecionando. Eu tinha o sonho de ser analista ambiental, trabalhar em uma unidade de conservação, ser ecóloga. A partir do momento que escolhi o curso de Ciências Biológicas, eu tinha a certeza do que queria para minha vida, mas escolher uma área para seguir ainda era uma dúvida.
O que passa na cabeça de um adolescente que está na difícil escolha da profissão da sua vida? Aquela que será seu sustento e de sua família, afinal de contas quase todos consideram uma vida normal como aquela em que trabalhamos, casamos, temos filhos e netos. Muitos entram ainda na Universidade sem grandes certezas e muitas expectativas, talvez longe da família, e não saber exatamente o que quer para o futuro pode trazer algumas frustrações. Mas isso não é o fim do mundo! Sempre é tempo de recomeçar, de mudar, como disse o nosso querido Chico Xavier:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
Corte anatômico em pecíolo realizado pelos meus alunos
Posso ser suspeita pra falar, mas devemos fazer o curso com tesão, com garra, adquirir conhecimento não dá preguiça, a curiosidade nos move, o conhecimento nos alimenta. O biólogo por si só é generalista, mesmo tendo me tornado uma botânica, obtive conhecimentos de outras áreas, até porque dentro do curso se vê de tudo. Não posso ver a anatomia vegetal sem saber que o ambiente interfere na estrutura. E como transferir essa empolgação aos meus alunos? Aqueles que ainda não sabem o que querem da vida, aqueles que ainda têm dúvidas, aqueles que estão achando o curso puxado demais, aqueles que minha empolgação ainda não alcançou.
Para isso não se tornar meu dilema, a primeira coisa foi perceber que cada um tem seu ritmo e o fato de não criarem afinidades com uma ou outra área não quer dizer que eles não têm potencial. Eu acredito no potencial  que eles têm, eu quero que eles se tornem profissionais capazes, que não passem vergonha ou dificuldades. Quero colegas à minha altura e melhores que eu, que pensem na profissão como algo empolgante, que tem sempre novidades e que precisa de dedicação. Quero poder dizer um dia a cada um: seja bem-vindo ao grupo!
Ao grupo de biólogos! Está difícil agora? Ninguém disse que viver era fácil, ainda mais se preparar para o que será sua profissão, mas dá um gostinho tão bom quando vencemos obstáculos e conquistando algo... Fico feliz quando encontro alguém que foi meu aluno e me diz o quanto as aulas foram legais, prazerosas e que ainda guarda boas lembranças. Eu acredito! Eu aposto na cabecinha algumas vezes imatura, outras não, de cada um. Lembro que já passei por isso e que foi muito bom.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

27 de maio - dia da mata atlântica

Reserva zoobotânica - centro de reabilitação do bicho preguiça na Ceplac
Temos o que comemorar? Mais do que isso, hoje é um bom dia pra repensar o que fizemos com a mata e o que podemos fazer para conservar a partir de agora. Destruição, das mais diversas formas, marcam a história. Restam apenas os famosos 7% em pequenas áreas espalhadas, sem corredores ecológicos, poucas áreas de mata virgem. Preservar a mata não é só porque é bonitinha, precisamos dela pra viver! Quando o ser humano terá consciência disso? A resposta está na ponta da língua: quando tudo acabar e o homem lamentar por não ter feito algo quando podia. Só espero que isso não se torne realidade.
Há um livro intitulado Mata Atlântica, de Carlos Drummond de Andrade, onde ele convoca a todos para a luta contra a destruição, da Editora 7 Letras. É minha sugestão de leitura para hoje.
Abraços florestais, rs.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tillandsia usneoides L. monitora a qualidade do ar

Quando eu trabalhava na Vigilância Sanitária de Salvador, tive uma colega que se tornou amiga. Nelzair Vianna, uma pessoa batalhadora que, juntamente com a equipe, focou seu trabalho e sua tese no monitoramento da qualidade do ar, utilizando pra isso uma planta chamada barba-de-velho. Ela quantificou metais pesados utilizando essa bromeliácea como biomonitora, pois retém material particulado do ar em seus tricomas.
Para saber mais sobre essa publicação e ler o trabalho completo na revista "clique aqui"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Campanha de reciclagem de óleo de cozinha!

Mais uma ação da Vigilância em Saúde Ambiental de Salvador, através da Agenda Ambiental da Administração Pública.

domingo, 22 de maio de 2011

Uma boa causa, ajudando o meio ambiente.


Quem já não teve ou tem guardado em casa aquele material de informática velho e que não sabe o que fazer nem quer jogá-lo no lixo? Essa é uma boa oportunidade de ajudar o meio ambiente e a causa social. Recebi esse material por e-mail e estou compartilhando, é uma parceria da UFBA, Programa Onda Digital e Infojr (Empresa Júnior de Informática).

Uma boa causa

 E-LIXO DOANDO E AJUDANDO

O projeto para arrecadação de lixo tecnológico computacional é uma parceria da UFBA, Programa Onda Digital e a Empresa Júnior de Informática infojr.

O que posso doar?

Computadores, impressoras, mouses, teclados e periféricos de informática.

Como doar?

Levando os equipamentos na sala da InfoJr no Instituto de Matemática da UFBA, localizado no Campus de Ondina, Av. Admar de Barros, S/N . Ondina - CEP: 40170-110.

Como será utilizado minha doação?

Em capacitações de metareciclagem, oficinas de robótica livre e artesanato com lixo tecnológico em ações de extensão, ou seja, atividade da Universidade em comunidades de baixa renda.

Dúvidas


ondadigital@ufba.br

  • (71) 3283-6293/6765/6268
  •             (71) 9162-4039      
  •             (71) 8171-7327      

Colabore com a divulgação

Compartilhe nosso link através das redes sociais, utilize nosso panfleto digital na galeria de imagens no seu perfil nas redes. 

sábado, 21 de maio de 2011

Qual o currículo ideal?

Atividade promovida no I workshop de Indicação Geográfica da Bahia, parceria de diversas áreas na proteção da propriedade intelectual de produtos.
O biólogo deve ser generalista, afinal biologia é o estudo da vida e é o que regem as DCN's para os cursos de Ciências Biológicas, as Resoluções CNE/CP 2/2002; CNE/CES 7/2002 e Parecer CNE/CES 1301/2001, dentre outras. Mas de que forma adequar o currículo à regionalidade onde está inserido o curso sem ferir as exigências? Isso é um pensamento que perpassa por diversos autores e pode interferir com o dia-a-dia da atividade do docente.
De acordo com Alves et al. (2004) há o problema da vontade em produzir ciência enquadrada em pólos extremistas. Há necessidade de formação de um profissional generalista mas ao mesmo tempo de um especialista, contudo na realidade o que o mercado quer? Devem ser focadas as necessidades do mercado onde aquele curso está inserido, pois que adianta formar um profissional capaz, mas que não encontra ofertas de emprego na região? Ele será obrigado a ir em busca de outros locais e movimentar a economia de fora, de quem não investiu para capacitá-lo.
Há a necessidade de formar um profissional generalista, mas aprofundado em determinadas especialidades e com capacidade de dialogar com outros de diferentes áreas. A interdisciplinariedade aprofunda com sentido de abrangência, para dar conta, ao mesmo tempo, da particularidade e da complexidade do real (Demo, 1998).
Não existe curso ideal, mas cursos que melhor se adequem às realidades locais e que perpassem por conceitos de interdisciplinariedade, para que formem profissionais capazes de discernir a pesquisa ou o trabalho que desenvolvem e mostrem a necessidade de atividades com outros profissionais. Principalmente quando falamos de pesquisa com populações humanas ou que tragam melhoria da qualidade de vida humana, o objetivo principal do trabalho deve ser o retorno da conclusão para a população.
Como dizem Jantsch e Bianchetti (1997): o genérico e o específico não são excludentes. Mas uma coisa importante é que ainda para muitas pessoas a ciência feita na academia é para a acadêmicos, os resultados publicados em revistas científicas ainda não são amplamente divulgados para a população. Muitos desses resultados têm interesses sociais e o profissional a ser formado deve estar ciente do seu papel junto à coletividade, fato este que nos remonta às DCN's para as Ciências Biológicas. A academia, tanto quanto os centros de pesquisa públicos ou privados, devem ter uma linguagem acessível e a importância de uma equipe multidisciplinar capaz de retornar seus resultados à população se torna obrigatória.
Enfim, a literatura é vasta sobre esse assunto, existem autores que se opõem a esse ponto de vista, mas como diz Siepierski (1998), a característica principal da interdisciplinariedade é o conflito e não a harmonia. De preferência que seja um conflito baseado no diálogo, onde os pontos opostos defendem suas qualidades, suas perspectivas e se chega a um consenso, sem anular as diferenças.

Referências:
ALVES, Railda F.; BRASILEIRO, Maria do Carmo E.; BRITO, Suerde M. de O.. Interdisciplinaridade: um conceito em construção. Episteme, Porto Alegre, n. 19, p. 139-148, jul./dez. 2004.
DEMO, P. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1998.
JANTSCH, A. P. & BIANCHETTI, L. Imanência, História e Interdisciplinaridade. In: JANTSCH, A. P.; BIANCHETTI, L. (Org.). Interdisciplinaridade. Para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes, 1997.
SIEPIERSKI, P. Interdisciplinaridade e cientificidade. In: Simpósio Interdisciplinaridade em Questão - Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba. Anais, 1998.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Como proteger uma árvore

Área de mata na Ceplac - Itabuna/BA
Todos nós sabemos que o papel tem as árvores como matéria prima. A qualidade da madeira, se ela possui mais ou menos celulose e lignina, vai interferir no tipo de papel, na qualidade do produto final. Algumas pessoas ainda são adeptas da convenção de ler e escrever no papel, mas com o advento e a popularização da informática, mais e mais pessoas estão aliando a praticidade com a proteção ao meio ambiente. Corresponder por e-mail, ler artigos, inclusive livros já disponibilizados na internet pelos autores, tem ajudado a reduzir o número de papel consumido.
Apesar de algumas práticas, principalmente as que necessitam papel impresso como forma de documentação a ser arquivada, muitas empresas e usuários estão cada vez mais aderindo à solução ambiental correta: imprimir apenas o necessário. Campanhas como essa estão se tornando cada vez mais corriqueiras e espera-se que o ser humano tome consciência de que, protegendo o meio ambiente, não está fazendo muito mais do que protegendo a si mesmo.
Links interessantes: O papel e os impactos de sua produção no meio ambiente
                              Produção do papel

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Meu gosto pela botânica


Morava no interior da Bahia com minha família, meu pai era agrônomo especializado em estatística na Embrapa de Cruz das Almas, e minha mãe professora primária. Fazia o 3º ano do colégio, não tinha muita idéia do que queria pra mim como profissão, gostava da área ambiental, sempre assistia programas de TV ligados à área, quando por sugestão do meu pai, aceitei estagiar sem remuneração no Setor de Sócio-economia e estatística, onde descobri a vontade de estar lá fora no campo, nas casas de vegetação, analisando e discutindo os experimentos, não apenas digitando os dados obtidos para rodar nos programas estatísticos. Ter escolhido ciências biológicas e não agronomia também foi outro detalhe, vontade de trabalhar com ecossistemas, com organismos silvestres, conhecer leis ambientais e com plantas medicinais. Biologia é um mundo de coisa, eu sabia disso e durante o curso pude conhecer de perto algumas das áreas e afunilar minhas preferências.
Quando passei no vestibular foi a maior alegria pois eu estava concretizando o meu maior sonho, me tornar uma bióloga. Dentro do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, pude conhecer de perto o que é ser biólogo e não estar biólogo. Participei de diversos cursos, seminários, congressos e estágios, passei por greves e nos dois anos finais do curso, tive meus melhores estágios e pude definir com toda certeza o que queria. Gosto muito da área de ecologia e meio ambiente, trabalhei com ecossistemas costeiros, mais especificamente com cultivo de ostra e pude conhecer diversas técnicas que analisam os fatores que interferem no cultivo, que consequentemente afetam o meio ambiente. Além disso, conheci os ensaios de toxicidade realizados, que podem auxiliar em trabalhos contra contaminação e acidentes ambientais.
Quando estava perto de finalizar o curso e precisava fazer estágio de conclusão juntamente com a monografia, meu sangue botânico falou mais alto. Resolvi estagiar no Herbário da EBDA/Laboratório de Botânica (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário). Ao mesmo tempo, procurei a Profª MsC Lenise Guedes, na UFBA, para me orientar na monografia, eu queria fazer um levantamento etnobotânico, eu queria que meu trabalho tivesse um retorno para a população, que não ficasse apenas nas páginas de revistas científicas. E foi assim que surgiu o “Levantamento das plantas medicinais utilizadas no Povoado Sapucaia – Cruz das Almas – Bahia”, trabalho este publicado na Revista Brasileira de Plantas Medicinais.

Fui professora de biologia no ensino médio, ainda em Salvador e resolvi fazer um curso de especialização em plantas medicinais, oferecido pela UFLA (Universidade Federal de Lavras - MG). Curso e Universidade de excelentes qualidades, reconhecidos pelo MEC, onde tive a oportunidade de conhecer mais a fundo o que é feito na área, desde o cultivo, identificação da planta, até as maneiras como são extraídos os princípios ativos para produção de fitoterápicos.


Depois fui cursar o mestrado, a área exige e o emprego até então não tinha aparecido. Minha área de concentração foi Botânica (Ecologia, conservação e utilização dos recursos vegetais da Região Nordeste) e meus experimentos foram desenvolvidos na Unidade Experimental Horto Florestal da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana). Durante o curso fui bolsista Capes e minha dissertação foi “Biometria de frutos e sementes, germinação e crescimento do angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul), sob orientação do Prof Dr Juan Tomás Ayala Osuna. Ainda na UEFS fui bolsista do CNPq no projeto “Micropropagação de espécies de sempre-vivas endêmicas da Chapada Diamantina”, cujo objetivo foi o desenvolvimento de um protocolo para micropropagação de três espécies de sempre-vivas endêmicas da Chapada e técnicas para conservação dessas em um banco de germoplasma no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais (LCTV-UEFS). Participei de vários cursos de curta duração e extensão, com algumas publicações.
Fui professora substituta na UFBA, para disciplina de botânica ministrada para a turma de farmácia (morfologia e anatomia vegetal), por 2 anos, onde compus banca de 2 trabalhos de conclusão de curso de Ciências Biológicas, na área de plantas medicinais. Hoje sou professora assistente da UFBA, desenvolvendo alguns trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, com muitos planos, sonhos e expectativas.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Por que eles querem mudar o Código Florestal

Uma vergonha, vamos fazer uma campanha contra esses políticos!!! Reportagem postada no site do Greenpeace por agali. Pra saber outras reportagens "clique aqui"


"Preocupados com o próprio bolso, Aldo, Cassol, Irajá, Quartieiro, Queiroz e Campos representam tudo o que um parlamentar jamais deveria fazer: legislar em causa própria.

A regra deveria ser: deputados e senadores eleitos pelo povo devem zelar pelo bem comum, certo? Nem sempre. Caso emblemático é a insistência de alguns políticos em aprovar a toque de caixa o projeto de lei que institui o novo Código Florestal. Pra que tanta pressa? Segundo reportagem da Istoé, a explicação é simples: legislar em causa própria e proteger o próprio bolso. Os interesses de pelo menos 27 deputados e senadores não passam nem perto do bem da nação.

A revista revela que, caso o projeto de lei do Código Florestal seja aprovado, os ilustríssimos políticos listados se livrarão de multas pesadas e se beneficiarão por desmatarem ilegalmente. De acordo com a reportagem eles já foram punidos pelo Ibama por agressão ao meio ambiente e o novo código que queriam aprovar a toque de caixa prevê anistia para multas impostas a desmatadores. O benefício se estenderia também a empresas e empresários do agronegócio que, nas eleições do ano passado, fizeram pesadas doações a esse bloco parlamentar ligado à produção rural.

O deputado Paulo César Quartiero (DEM-RR) é um exemplo típico. Campeão de infrações, ele foi multado em R$ 56 milhões por eliminar 2,7 mil hectares de vegetação sem autorização em Pacaraima (RR), destruir outros 323 hectares de vegetação nativa e impedir a regeneração em mais 3,5 mil hectares. Foram duas infrações em 2005 e mais duas em 2009.

O Ibama também pegou o deputado Irajá Abreu (DEM-TO), filho da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que foi multado no ano passado por desmatar uma propriedade em Tocantins.

O senador e fazendeiro Jayme Campos (DEM-MT) é outro que se inclui na turma da motosserra. Foi multado em R$ 5 milhões por quatro infrações impostas em 2004 e 2005.

O interesse do bloco ruralista vai além. Eles também defendem seus financiadores de campanha. Empresas ligadas ao agronegócio doaram pelo menos R$ 45,5 milhões para deputados e senadores nas eleições do ano passado segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.

Reportagem parecida foi produzida pelo Correio Braziliense no dia 19 de abril. O texto afirma que os ruralistas têm mesmo motivos para impor as mudanças que põem abaixo o Código Florestal. Pelo menos 15 deputados federais e três senadores da bancada da motosserra seriam beneficiados com a alteração da lei. Multados pelo Ibama por crimes ambientais, eles teriam essa mancha apagada de suas fichas caso a proposta seja aprovada"

domingo, 15 de maio de 2011

Velhas árvores (Olavo Bilac)

Este é um poema lindo do brilhante Olavo Bilac e que achei tudo a ver com nosso blog:

Olha estas velhas árvores, - mais belas,
Do que as árvores mais moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procedas...

O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas...

Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,

Na glória da alegria e da bondade
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

sábado, 14 de maio de 2011

Apenas um simples papel

Um simples papel de bombom jogado pela janela de um veículo pelo fato da preguiça de jogá-lo no lixo, principalmente quando se precisa guardá-lo até encontrar um. As pessoa dizem que não há nas ruas lixeiras suficientes e põem a culpa nos governantes. Se negam a guardar no carro justificando que vão "enchê-lo" de lixo, ou seja, precisamos deixar nosso carro limpo, mas as ruas não! E essa concepção ignorante faz a casa. A própria população age a favor de um desenrolar de ações desfavoráveis a partir do momento em que as lixeiras colocadas em diversos pontos da cidade são quebradas e restos de diversos tipos são jogados nas ruas. E o que acontece? A danada da chuva, que está cada vez mais forte devido às mudanças climáticas, varre as ruas e a lixarada vai para o caminho mais fácil: entupir boeiros e formar verdadeiras represas de lixo.
Fiquei indignada uma vez quando vi uma mãe pegar uma embalagem de comida vazia na mão do filho e jogar pela janela do ônibus. É isso que ela ensina a uma criança? Claro que temos exceções, pessoas que têm lixeiras no carro, que guardam embalagens na bolsa até encontrar um local apropriado, cidades que prezam pela limpeza pública e educam seus moradores a participar ativamente.
Sejam quais forem: capitais, grandes ou pequenas cidades, assim o lixo vai tendo um destino inapropriado e quando a água das chuvas invadem nossas casas, em quem é colocada a culpa? A culpa está naquele que, pela própria ignorância e incipiência, age individualmente quando vive na coletividade. Precisamos ter consciência de que nossos atos nos afetam. Se alguém acha que não precisa fazer pelo outro, que faça por si, já estará fazendo sua parte.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quase nada sobre fitoterapia.

A fitoterapia é a área do conhecimento que busca a cura das doenças através das plantas medicinais, sendo difundida principalmente pela cultura popular, transmitida ao longo das gerações por raizeiros, curandeiros e benzedeiras, nas necessidades básicas de saúde, em função da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade cultural com as tradições populares (López, 2006). A utilização de plantas medicinais é um exercício corriqueiro nas sociedades. Nas regiões mais carentes do país e inclusive nas grandes cidades brasileiras, plantas medicinais são vendidas em feiras livres, mercados populares, encontradas nas ruas, cultivadas em quintais e jardins residenciais, em postos de saúde e escolas. Mas esse uso popular deve ter seus cuidados. Não é por ser natural que não faz mal. Como dizia Paracelso: Nada é veneno, tudo é veneno, o que diferencia algo venenoso de não venenoso é a dose.

LÓPEZ, C.A.A. Considerações gerais sobre plantas medicinaisAmbiente: Gestão e Desenvolvimento, 1(1):19-27, 2006.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

As flores e o meio ambiente

Entrevista dada a alguns alunos tempos atrás:


Ana Carolina da Cunha Rodrigues
Bióloga da Vigilância Ambiental em Saúde
Especialista em Plantas Medicinais
MSc em Botânica

O que é que tem de ser feito para a preservação das flores no meio ambiente?

As flores são as estruturas vegetais responsáveis pela propagação da espécie. Quando falamos em flores imaginamos logo estruturas vistosas, coloridas, principalmente se tratando de angiospermas, mas as flores podem ser estruturas mais primitivas, como nos pinheiros ou podem não ser tão vistosas, como nas gramíneas. O fato é que, quando ela aparece, é porque a planta está madura, em fase reprodutiva e isso é deflagrado por vários motivos, alguns deles em reposta ao ambiente em que a planta está inserida, que deve estar em equilíbrio, de preferência.

            As flores, hoje, são um dos principais mercados lucrativos, tanto as exóticas que se adaptaram bem ao clima do Brasil, quanto nativas como sempre-vivas e bromélias. Quando se trata de nativas, a maioria, infelizmente, ainda é retirada da natureza, mas projetos como o cultivo de plantas em casas de vegetação e a reprodução em massa em laboratório (cultivo in vitro de plantas), vêm contribuindo bastante para a redução do extrativismo, juntamente com os programas de recuperação de áreas degradadas e de manejo de ecossistemas, para continuar mantendo essas floras na natureza.


O que acontece se nada for feito para a preservação e conservação das flores no meio ambiente sem paz?

Se nada, absolutamente nada for feito, e continuarem os problemas ambientais como degradação das áreas, derrubadas de matas e poluição, várias espécies continuarão sendo cada vez mais raras na natureza e podem até desaparecer por completo, como publicado na portaria nº 37-N, de 3 de abril de 1992 e que hoje com certeza deve conter um número muito maior e assustador.
            Além do fato de que há uma co-dependência entre as plantas e os animais, mais especificamente entre as flores e seus polinizadores, onde flores evoluíram juntamente com certos animais. As flores atraem os animais oferecendo alguma coisa (pelo sabor do néctar, pela cor chamativa, pelo odor) ou imitando algo (a forma de um parceiro para acasalar). Por exemplo, flores tubulosas (com pétalas formando um tubo) são polinizadas por animais que possam alcançar néctar (um dos seus principais atrativos pra ele), como um beija-flor. Então, se os animais sofrem em um meio ambiente perturbado, conseqüentemente as plantas (e suas flores) também irão sentir.
Fotos: 1-Flamboyant, 2-bromélias e melocactus, 3-melocactus (cabeça-de-frade) e 4-bromélia.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O uso de plantas medicinais no tratamento de enfermidades é conhecido desde a mais remota antigüidade. A fitoterapia é a área do conhecimento que busca a cura das doenças através das plantas medicinais e já utilizada por famílias das mais variadas classes, sendo este conhecimento tradicional, geralmente passado ao longo das gerações. As plantas medicinais, que têm avaliada a sua eficiência terapêutica e a toxicologia ou segurança do uso, dentre outros aspectos, estão sendo cientificamente comprovadas a serem utilizadas pela população nas suas necessidades básicas de saúde, em função da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade cultural com as tradições populares. Isso vem sendo constatado principalmente por meio da contratação de médicos fitoterapeutas para trabalhar nos centros de atenção básica e postos de saúde de várias cidades brasileiras. Em virtude disso e da necessidade de uma vivência in loco, de como é desenvolvido o uso de plantas medicinais em unidades de saúde, foram realizadas atividades durante a manhã do dia 15 de abril de 2011 no Caps – Vitória da Conquista – BA. "Saiba mais"

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Do Hobby à Profissão

A natureza pura e sensível do despertar para a vida, a criação de um novo ser, geneticamente diferente e capaz de suportar a hostilidade do meio.

Sobre ensinar...uma primeira pessoa.

        Somos tão bons a ponto de nos considerarmos “experts” e capazes de transmitir nosso conhecimento? A atividade didática exige muita coisa além do conhecimento que adquirimos ao longo da vida. A vivência em sala de aula muitas vezes nos mostra que precisamos aprender muito mais. Muito mais do que transmitir conhecimento é ensinar como adquirir conhecimento.
        O aluno não é um robô que ouve e absorve tudo do jeito que entendemos. Não podemos permanecer imutáveis ao longo dos anos, transmitindo o mesmo assunto da mesma maneira. Primeiro porque a mesmice emburrece, segundo porque cada aluno tem um ritmo, uma maneira de aprender. 
        Capacitá-lo a entender e se expressar é muito mais lógico do que derramar páginas e páginas de assuntos complexos, os quais ele nunca teve contato.
Mudar é a palavra da vida, entendida de diversas maneiras: ajustar, adequar, adaptar, apropriar. Harmonizar-se de acordo com o meio. Adaptar-se e utilizar a metodologia que melhor se adéqua ao grupo de estudantes heterogêneo, onde cada um tenta captar a nova etapa da vida, que é o ser universitário. Uma nova linguagem, uma nova perspectiva, que exige muitas vezes criatividade e atitude.
        Seja bem vindo ao novo segundo, novo minuto da vida que passa incessantemente, nos trazendo constantes mudanças e nos fazendo reais seres mutantes adaptáveis, (re)aprendendo a ler, escrever e entender.

Bem Vindos a BHP - Botânica do Hobby à Profissão


              Não sou perfeita. A vida me dá forma como um joão ninguém esculpe o barro, deforma. Erro, sofro com meus erros. Não sou a mulher ideal, não sou Amélia, tento decorar o papel da mocinha, da mulher dona de casa, da independente, da trabalhadora. 
                   Tento ser eu mesma, mas quem sou eu? Já me apaixonei, acho que já fui o amor de alguém, ops já me enganei, já menti qdo achava que seria inconsequente, já fui egoísta, senti ciúmes, e aprendi, que ninguém pode ser dono de algo que nunca foi seu, que as pessoas passam nas nossas vidas, nos acompanham em determinados momentos, pro bem ou pro mal, sendo bom ou ruim. Já fechei os olhos pra não ver passar o tempo e sonhar que a vida é um conto de fadas...e acordei num pesadelo. Nos descobrimos, nos decepcionamos, nos alegramos, nos entristecemos.  
                   Acho que tento fazer dos meus bichos a responsabilidade que tenho que ter de mim mesma. Sinto preguiça, tenho muita coisa a fazer, às vezes iniciada e não sei se vou terminar. E sou otimista, costumo me superar nas dificuldades mas sei muito bem o qto isso é difícil. Já precisei de apoio e tive, já apoiei, já morri aos poucos, já fui louca, já mudei o que fui e hoje sou outra pessoa, mas ainda assim é insuficiente, não sou perfeita.  
                 Nunca será bom completamente, nunca vou agradar a todos mas não faço disso uma opção de vida. Sou sincera, talvez seja esse meu pior defeito ou minha melhor qualidade, talvez seja por isso que as pessoas não me entendem. Mas como vão me entender se nem eu me entendo às vezes?! Me perco nos momentos, nas palavras, nos sons. Falo nas horas erradas e me calo nas horas certas. Sou a perfeita imperfeição humana que Deus criou. Hoje continuo a chegar à conclusão de que sou feliz!

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