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Não ser Perfeita

Não ser perfeita e ser inacreditavelmente ideal fazem parte do processo de transformação por algo que acreditamos ser melhor – ensino, pesquisa e extensão – sejam bem vindos à Botânica: do Hobby à Profissão.

E ser inacreditavelmente ideal

Hobby – atividade de entretenimento, passatempo, mania.

Faz parte do processo de Transformação

Atividade de extensão desenvolvida no Caps II, em Vitória da Conquista, com alunos de biotecnologia e farmácia da UFBA, usuários e funcionários.

Pesquisa e Luta

Plantas medicinais, plantas que curam, o remédio que vem da natureza. Eficácia no tratamento de vários sintomas e doenças também requer cuidados no seu uso. O natural pode fazer mal.

Por algo que acreditamos ser melhor

Alimentos funcionais – a saúde na mesa de forma barata e prática.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Curso geral de propriedade intelectual


Para nós que trabalhamos no meio científico, sejam plantas, microorganismos, biotecnologia, é muito importante que saibamos sobre patentes, propriedade intelectual, identificação geográfica.
O INPI realizará a 2º edição do Curso Geral de PI à distância (DL 101P BR), em parceria com a OMPI, de acordo com o seguinte cronograma:

Inscrição: 1º de agosto a 1º de setembro de 2012
Curso: 24 de setembro a 06 de novembro de 2012
Exame Final:  05 e 06 de novembro de 2012.
A inscrição e o curso são totalmente online. Ao final do curso o aluno realiza uma prova online e, obtendo a pontuação mínima, recebe certificado emitido pela OMPI e INPI.
Lembramos que as inscrições devem ser feitas diretamente na plataforma da OMPI pelos interessados.
Apesar da antecedência, sugerimos que divulguem, desde já, para suas equipes e instituições os prazos da nova edição do curso.
Lembro que o Curso Geral de PI substituiu o Curso Básico de PI presencial, por isso, reforçamos o fato de que este Curso Geral se mantém como pré-requisito para os demais cursos presenciais do INPI (Curso de Extensão e Oficinas).

Ensino a Distância DL 101P BR é organizado pela Academia de PI e Inovação do INPI e quaisquer dúvidas adicionais sobre o curso e procedimentos de inscrição somente poderão ser dirimidas pelo ead@inpi.gov.br.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

SOS Mata Atlântica leva exposição itinerante à Rio+20


SOS Mata Atlântica leva exposição itinerante à Rio+20
Nesta quinta (14 de junho), chega ao Rio de Janeiro o projeto “A Mata Atlântica é Aqui – Exposição Itinerante do Cidadão Atuante”. A exposição fica na cidade até 24 de junho, coincidindo com a realização da Rio+20, e funcionará na Rua do Russel, n° 1, largo da Glória. Em nova fase, o projeto leva ao Rio atividades de educação ambiental que destacam a importância da zona costeira e dos ecossistemas marinhos, com o patrocínio de Bradesco Cartões, Natura e Volkswagen Caminhões & Ônibus, e diversos apoiadores locais. A exposição agora está maior – em vez de um, são dois caminhões adaptados que viajam juntos: um deles é palco para atividades de educação ambiental, enquanto o outro, transformado numa sala de aula itinerante, concentrará atividades como treinamentos e cinema, e abrigará debates especiais durante a Rio+20. A cenografia do projeto também mudou: agora, os caminhões tem um cenário interativo, com mesa multi-touch, iPADs e outros equipamentos audiovisuais para exibição de vídeos e desenhos. A programação de atividades no Rio de Janeiro pode ser conferida aqui. A cidade é a primeira das 14 que receberão a exposição ao longo de um ano. Confira o roteiro completo no blog da Fundação. Outras informações pelos e-mailsitinerante@sosma.org.br e monitora@sosma.org.br. Além da exposição itinerante, a Fundação participará de atividades e mobilização durante a Rio+20, como a Marcha Global, que ocorre no dia 20 de junho. Acompanhe no Twitter e Facebook.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Novo Código Florestal

Divulgando...

O jogo não acabou: participe das mobilizações contra o Novo Código Florestal
Após o veto parcial da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que alterou o Código Florestal Brasileiro, as florestas permanecem sob risco. A medida provisória voltou ao Congresso Nacional, onde está sendo apreciada por uma Comissão Mista de senadores e deputados. Foram propostas mais de 600 emendas, muitas das quais fragilizam ainda mais a legislação em vigor. Além disso, a Comissão possui uma forte participação de parlamentares da chamada base ruralista. O coletivo Floresta Faz a Diferença lançou uma nova campanha “O Jogo Não Acabou: precisamos apitar esta partida”, que alerta a sociedade civil sobre o que está em jogo nas discussões no Congresso. A população poderá monitorar as decisões dos senadores e deputados e, dessa forma, pressioná-los por um Código Florestal que garanta o bem-estar de todos. A campanha é uma ação do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, um conjunto de mais de 200 organizações da sociedade civil que esteve à frente da mobilização em defesa do veto total ao projeto de lei que alterou o Código. O trabalho conseguiu articular uma ampla rede de apoio que contou com o suporte de artistas, cientistas, intelectuais e da população. A Fundação SOS Mata Atlântica participa ativamente desta iniciativa. Saiba como colaborar na campanha e veja mais informações em www.florestafazadiferenca.org.br e  www.observatorioparlamentar.org.br .

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ciclo do ácido cítrico e fosforilação oxidativa

Segue mais um resumo de Lehninger (Bioquímica Básica) e Taiz e Zeiger (Fisiologia Vegetal).


A respiração celular é toda via do catabolismo que permite a degradação de compostos orgânicos, ocorre em 3 estágios: glicólise, ciclo do ácido cítrico e cadeia transportadora de elétrons. Invertase e sacarose sintase transformam a sacarose (forma de açúcar transportado a longas distâncias na planta) em glicose ou frutose 6-fosfato para entrar na glicólise e ser transformada em piruvato. Outra forma de açúcar, o que é armazenado em diversos órgãos, o amido, também pode ser hidrolisado pra ser transformado em glicose.

Planta em ambiente anóxico, faz primeiramente fermentação láctica, até que haja oxigenação dos tecidos, caso isso persista por mais tempo, ela passa a fazer fermentação alcoólica. Em ambiente aeróbico, o destino do piruvato produzido na glicólise é sofrer uma descarboxilação oxidativa catalisada pela piruvato desidrogenase, na matriz mitocondrial. Mas como esse piruvato vai entrar na mitocôndria para ser degradado por essa via? Ele é transportado para dentro das duas membranas por meio de um transportador específico (do tipo antiporte – sai OH- e entra piruvato). Essa enzima, na verdade é um complexo multienzimático, que é encontrado no interior da mitocôndria. A piruvato desidrogenase está sujeita a um elevado controle, com dois níveis de regulação: a) controle alostérico através da inibição pelo produto, exercido por NADH e acetil-CoA; b) modificação covalente reversível da subunidade E1 da enzima, por fosforilação/desfosforilação.

Piruvato + CoA + NAD+ → Acetil-CoA + NADH + CO2

O piruvato também pode ser produzido pela descarboxilação do malato por meio da enzima málica. O contrário também pode ocorrer. Isso é importante para plantas CAM e para a gliconeogênese na produção do piruvato. A acetil-CoA produzida entra no ciclo do ácido cítrico para ser oxidada, também chamado de ciclo de Krebs, conforme a seguinte reação geral:

Acetil-CoA + 3 NAD+ + FAD + GDP + Pi + 2 H2O→ 2 CO2 + 3 NADH + FADH2 + GTP + CoA + 2 H+

 O ciclo de Krebs compreende 8 reações, envolvendo 8 enzimas e 8 ácidos carboxílicos, di e tri-ácidos, todos dispersos na matriz da mitocôndria. Então, começa no piruvato e passa pela acetil-CoA, ocorre oxidação completa desses metabolitos liberando 3CO2. Os agentes oxidantes em todas as reações são NAD+ e FAD e as formas reduzidas destas co-enzimas (NADH + FADH2), resultantes do processo, só são reoxidadas na cadeia respiratória, que acontece na membrana interna da mitocôndria e vão servir para a produção de ATP pela fosforilação oxidativa. 

Esse ciclo do ácido cítrico não é apenas uma via catabólica, vários intermediários servem para vias de síntese de aminoácidos, lipídeos e glicose, ou seja, serve também para a via anabólica, por isso ser classificado como anfibólico. Para que ele faça isso, as concentrações dos intermediários são mantidas e controladas através de um sistema de reações auxiliares, conhecidas como reações anapleróticas por exemplo, a carboxilação de piruvato até oxaloacetato, catalisada pela enzima piruvato carboxilase.

As enzimas citrato sintase, isocitrato desidrogenase e  α-cetoglutarato desidrogenase são as reguladoras do fluxo metabólico através do ciclo de Krebs e estão sujeitas a controle alostérico, envolvendo NADH como inibidor e Ca+ e ADP como ativadores.

Já a fosforilação oxidativa é o processo bioquímico pelo qual a oxidação de NADH e FADH2, produzidos na glicólise e ciclo do ácido cítrico, ocorre acoplada à produção de ATP, a partir de ADP + Pi. Este processo se dá na cadeia respiratória ou cadeia de transporte de elétrons, que compreende um conjunto ordenado de enzimas e transportadores de elétrons inseridos na membrana interna da mitocôndria.

Essa cadeia respiratória contem 4 complexos,  I,II, III  e IV,  ordenados por ordem crescente de potencial redox, indo do potencial padrão de NAD+/NADH ao do O2/H2O. Os elétrons são transferidos do complexo I ou II para o complexo III pela coenzima Q (ubiquinona), e do complexo III para o complexo IV pelo citocromo C para chegar ao O2.

NADH e FADH2 cedem elétrons, respectivamente, aos complexos I e II. A transferência exergônica de elétrons do nível redox de NADH para o de O2 envolve uma diferença de energia livre liberada que é em parte retida pelo transporte de H+ do lado interno para o externo da membrana, criando o gradiente eletroquímico de prótons que permitirá “empurrar” o processo endergônico de fosforilação de ADP por Pi para gerar ATP, através da bomba de prótons que constitui a ATP sintase. Ela é separada fisicamente da cadeia de transporte de elétrons.

A transferência de 2 elétrons de NADH até O2 gera um aumento no gradiente de prótons suficiente para mover a ATP sintase, permitindo a produção de 3 moles de ATP. Nestas condições, a ATP sintase trabalha com uma eficiência termodinâmica igual a 42%. Mas vale ressaltar que quando os 2 elétrons saem do nível redox de FADH2, são formados apenas 2ATP.

A grande quantidade de energia livre que seria dissipada na oxidação completa da glicose a CO2 e H2O [C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O; ∆G0’= -2823 kJ/mol] é aproveitada para produção de ATP, graças quase exclusivamente ao processo de fosforilação oxidativa, rendendo 38ATP por mol de glicose (incluindo neste total 2ATP da glicólise e 2 do ciclo de Krebs).

Vários mecanismos da cadeia de transporte de elétrons e de seu acoplamento à síntese de ATP foram elucidados através da utilização de inibidores e desacopladores, entre os quais estão: 
−  Rotenona e amital inibem a redução dos complexo I e III por NADH.
−  Antimicina A inibe o transporte de elétrons no complexo II.
−  Cianeto inibe o transporte no complexo IV.
−  DNP é desacoplador, pois promove o “vazamento“ de H+ ,levando à dissipação do gradiente de prótons e contínuo transporte de elétrons, desacoplado da síntese de ATP.

A síntese de ATP a partir de ADP e Pi na mitocôndria, que é catalisada pela ATP sintase, é dirigida pelo processo de transporte de elétrons. Mas como a ATP sintase é fisicamente separada das proteínas do transporte de elétrons, a energia livre liberada no transporte de elétrons deve ser conservada em uma forma que possa ser utilizada pela ATP sintase. A energia livre do transporte de elétrons é conservada pelo bombeamento de H+ da matriz mitocondrial para o espaço entre membranas, criando um gradiente de H+. A volta dos prótons ao interior da mitocôndria é termodinamicamente favorável. A membrana interna da mitocôndria é impermeável a prótons em toda sua extensão, exceto na ATP sintase, e é então por este canal que os prótons atravessam a membrana, de volta à matriz mitocondrial. A variação de energia livre associada ao transporte de um próton através da membrana interna da mitocôndria pode ser determinada através de medidas da diferença de pH e do potencial de membrana estabelecidos em mitocôndrias consumindo oxigênio.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Evento paralelo na Rio+20



Biotechnology and Sustainable Agriculture and Food Security
Organizing partners
ANBio – Brazilian Biosafety Association (Associação Nacional de Biossegurança) 
http://www.anbio.org.br/ 
EMBRAPA – The Brazilian Agricultural Research Corporation 
http://www.embrapa.br/english 
ISAAA – International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications 
http://www.isaaa.org/ 
PBS - Program for Biosafety System (PBS) 
http://www.danforthcenter.org/science/programs/international_programs/pbs/ 
IFPRI - International Food Policy Research Institute 
www.ifpri.org/ 
PRRI – Public Research and Regulation Initiative 
http://www.pubresreg.org/ 
ICSU - The International Council for Science 
http://www.icsu.org/ 

Introduction
The world is facing very daunting challenges. Over 1 billion people are malnourished, often resultingin 
chronic diseases and premature deaths. Agriculture burdens the environment through pesticides,fertilizers, 
irrigation, ploughing and conversion of natural habitats. This situation will be compoundedby the further 
growth of the world population. By 2050 the world will have to produce 60-70% morefood, feed, fibre and 
biomass on a smaller agricultural area and under the stress of climate change.
Farmers will have to produce more with less impact on the environment. In other words, to increase 
yieldper hectare, to make better use of water, to be less dependent on pesticides and fertilisers, to 
enhance nutritional value, etc. As was already recognised in the Earth Summit in 1992, this immense 
challenge cannot be solved by conventional approaches alone, but requires the involvement of new 
technologies such as modern biotechnology. 
Detailed programme
We need to keep on improving access to better and sufficient food while alleviating the environmental 
drawbacks of agriculture by reducing agricultural land, water and chemical usage. As was already 
recognised in the Earth Summit in 1992, this immense challenge cannot be solved by conventional 
approaches alone, but requires the involvement of new technologies such as modern biotechnology. 
Since 1992, there has therefore been an immense effort in biotechnology research, in particular inthe 
public sector, to develop crop plants with improved resistance to insects, fungi, viruses, andbacteria; crops 
that are tolerant to drought, heat, saline and herbicides, crops that have enhancednutrition, etc. This 
research is conducted in many research institutes all over the world. 
Since 1996, over one billion hectares of genetically modified crop varieties through modern biotechnology 
have been grown in over 30 countries across the world by over 15 million farmers, most of which small 
holder farmers. Factors motivating farmers adoption, include the experience in lowering production costs 
and increasing productivity.The aggregated results from the use of these crops, comparing to the 
conventional varieties replaced, show there have been significant yield gains, equivalent to 60 million 
additional hectares of land, pesticide reductions of 350 million kg of active ingredient, significant reductions 
in fossil fuel use and also of mycotoxincontamination.In addition to the socio-economic and environmental benefits experienced from the use of GMcrops, the experience with 25 years of research from many 
thousands of field trials combined withover 15 years of commercial planting of GM crops worldwide shows 
that there are no verifiablereports of adverse effects of GMOs on human health or the environment. 
Although most encouraging results, the genetically modified crop varieties that are available to farmers are 
limited to primarily soy beans, maize, cotton and rapeseed with improved insect resistance and/or 
herbicidetolerance. It is time to change. We should make better use whatever technologies and tools 
toimprove access to sufficientand improved food quality and safety while alleviating the environmental 
drawbacks. 
Taking into consideration the Agenda 21, the challenges and commitments reaffirmed in the “Zero Draft”, 
the proposed side eventwill raise awareness of world changes and trends related tofood securityand 
environmental protection. It will focus oncurrent developments related to applications and experiences of 
agrobiotechnology, as well as efforts and future contributions from the public sector scientific and 
technological community from different parts of the world if adequate conditions are met. The dialogue will 
provide awareness and insights to help solving issues to better feed the world with less impact on the 
environment, and social and economical benefits. The side event is a collaborative contribution of 7 
different organisations relevant on fields of food and agriculture, biosafety, research and biotechnlogy from 
different parts of the world. 
Presentations: 
• Food security and world changes and trends since 1992 
• Strengthening sustainable agriculture – contributions from the public sector including biotechnology 
• Global adoption of biotech crop technology – lessons learned 
• Discussion with the participants 
Speakers: 
Dr. Julian Adams, Professor of Molecular Cellular and Developmental Biology and Ecology and 
Evolutionary Biology at the University of Michigan, and the Asia Coordinator for the Program for Biosafety 
Systems at the International Food Policy Research Institute. He has held visiting appointments at 
Universities in Brazil, France, and Germany. He received several awards, including Alexander von 
Humboldt, Fulbright, Jefferson and NATO Fellowships. Ph.D. in Genetics from the University of California, 
Davis. 
Em. Prof. Marc Van Montagu, president of the European Federation of Biotechnology (EFB) and of the 
Public Research and Regulation Initiative (PRRI). He withJ.Schell co-discovered the mechanism of DNA 
transfer from Agrobacteriatumefaciens to plants, and constructed the first chimerical plant genes. He ranks 
among the 10 most cited scientists in Plant & Animal Science (ISI classification). He created the Institute of 
Plant Biotechnology for Developing Countries (IPBO) at Ghent University. He has received numerous 
awards due to his scientific accomplishments, including the title of Baron (1990). He is member of several 
academies of science, agriculture and engineering and holds numerous Doctor Honoris Causa degrees. 
Ph.D in Organic Chemistry/Biochemistry and a B.A. in Chemistry from Ghent University. 
Anderson Galvão, Board of Directors member, of International Service for the Acquisition of Agri-biotech 
Applications (ISAAA) and Founder-Director of Céleres. Associate Consultant ofGV-consult School of 
Business Administration of São Paulo (FGV/EASP) andadvisor of Council for Biotechnology Information. 
Agronomist from Federal University of Uberlândia and post-graduated in Business Administration from 
FGV. 
Moderator:Dr. Lúcia de Souza, ES of Public Research and Regulation Initiative (PRRI), VP of Brazilian 
Biosafety Association (ANBio) and Director of Cutting Edge Solutions. B.A in Biology(University of Sao 
Paulo-Brazil), Marketing (ITAM-México), and Ph.D in biochemistry (UniBasel-Switzerland). 

domingo, 17 de junho de 2012

Cursos de extensão na área de meio ambiente


sábado, 16 de junho de 2012

Curso de Elaboração de EIA/RIMA


V ENAPID - Chamadas abertas para trabalhos


O V ENAPID é o Encontro Acadêmico de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento - que acontecerá nos dia 19, 20 e 21 de setembro de 2012, no Hotel Windsor Guanabara, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. 

A Academia da Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no âmbito do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Inovação está organizando o V ENAPID - Encontro Acadêmico de Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento. O principal objetivo é proporcionar um ambiente adequado, nos quais os alunos, docentes, pesquisadores e demais convidados possam discutir a temática da propriedade intelectual, inovação e desenvolvimento. Esse encontro tornam-se essencial como estímulo para que, tanto o corpo docente quanto discente, produza artigos, desenvolvendo as estruturas de seus projetos e podendo trocar informações com os demais pesquisadores do campo da propriedade intelectual e inovação, contribuindo de forma significativa para a criação de produção textual na área. Cabe destacar que o V ENAPID também pretende contar com a participação de palestrantes internacionais, sendo a divulgação realizada não só no âmbito nacional com em toda América Latina e África.

O prazo de submissão dos trabalhos já está aberto e as inscrições já podem ser realizadas, não percam tempo!!!
 
Segue a programação inicial do evento, maiores informações disponíveis no site:http://academia.inpi.gov.br/ocs



sexta-feira, 15 de junho de 2012

A bioquímica na medicina

Este é um treco do livro "Princípios de bioquímica" de Lehninger. Uma leitura bastante interessante para os alunos e mostra como a vida tem muito a mais a revelar.

"Por que Pitágoras não comia falafel: deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase
Ficheiro:Falafel small.jpg
Falafel: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Falafel

A fava, ou feijão-fava, um ingrediente tradicional do falafel é, desde a Antiguidade, um alimento importante nas regiões mediterrâneas e no Oriente Médio. Pitágoras, o filósofo e matemático grego, proibia seus seguidores de alimentar-se da fava, talvez porque ela deixasse muitas pessoas doentes, com uma moléstia chamada "favismo", que pode ser mortal. No favismo, os eritrócitos começam a sofrer lise 24 a 48hs depois da ingestão desses feijões, lançando a hemoglobina livre no sangue e provocando icterícia e, algumas vezes, insuficiência renal. Sintomas similares podem ocorrer com a ingestão da droga contra a malária, chamada primaquina ou, então, de sulfas antimicrobianas, ou ainda, em seguida à exposição a certos herbicidas. Esses sintomas têm uma base genética: a deficiência da glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD) que afeta próximo de 400milhões de pessoas. A maioria das pessoas com deficiência da G6PD é assintomática; as manifestações clínicas ocorrem apenas na combinação da deficiência enzimática com certos fatores ambientais.

A G6PD catalisa o primeiro passo da via das pentoses fosfato que produz NADPH. Esse redutor, essencial em muitas vias biossintéticas, também protege as células de danos provocados por substâncias oxidativas como o peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e os radicais livres superóxidos, todos oxidantes muito reativos gerados como produtos colaterais metabólicos ou, então, pela ação de drogas como a primaquina e os produtos naturais como a divicina, o ingrediente tóxico presente nos feijões-fava. Durante os processos normais de detoxicação, água oxigenada é convertida em água pela glutationa reduzida sob a ação da glutationa peroxidase; a glutationa oxidada resultante é reciclada na forma reduzida pela glutationa redutase e NADPH. A água oxigenada também pode ser destruída em água e oxigênio pela ação da enzima catalase, a qual também requer NADPH. Nos indivíduos com deficiência da G6PD, a produção de NADPH fica diminuída e a detoxicação da água oxigenada inibida. Disso resulta dano celular: ocorre oxidação do DNA e de proteínas e peroxidação de lipídios.

A distribuição geográfica da deficiência da G6PD é instrutiva. Frequências tão altas quanto 25% ocorrem na África tropical, partes do Oriente Médio e no sudeste da Ásia, em todas essas áreas a malária é prevalente. Além dessas observações epidemiológicas, estudos in vitro mostraram que o crescimento de uma das formas do parasita da malária, o Plasmodium falciparum, é inibido no interior dos eritrócitos com deficiência da G6PD. O parasita é muito sensível a danos oxidativos e morto pelo nível de pressão oxidativa aumentado, mas que é tolerável para o hospedeiro humano portador da deficiência da G6PD. Essa vantagem de resistir ao agente da malária equilibra a desvantagem de resistência diminuída diante de danos oxidativos, assim a seleção natural mantém o genótipo deficiente em G6PD em populações humanas que vivem em regiões de prevalência de malária. A deficiência causa problemas médicos sérios apenas quando a pressão oxidativa provocada por drogas, herbicidas ou divicina chega a níveis insuportáveis.

Acredita-se que a droga antimalárica primaquina atue provocando aumento da tensão oxidativa no parasita. É irônico que tais drogas antimaláricas possam provocar doença pelo mesmo mecanismo bioquímico que provê a resistência à malária. A divicina também pode agir como droga antimalárica e a ingestão de feijões-fava pode proteger as pessoas dessa doença. Recusando-se a comer falafel, muitos pitagóricos com atividade de G6PD normal podem, inadvertidamente, ter aumentado o risco de adquirirem malária".

quinta-feira, 14 de junho de 2012

DNA, o segredo da vida.

Eu já havia colocado esse livro com sugestão de leitura, mas já que terminei de ler vou colocar aqui um trecho, que achei muito interessante. É um livro escrito pelo próprio James Watson, que junto com Crick descobriu o DNA. Ele possui uma leitura bastante leve, aborda os princípios da bioquímica, fala de moléculas, mas em nenhum momento se torna uma leitura chata. Em meio a esse conteúdo inclui pontos da história, o que ajudou e atrapalhou a ciência, a eugenia de Hitler e de alguns cientistas da época, a divulgação da descoberta do DNA, a alegria de Crick no Eagle, um pub onde ele e Watson sempre almoçavam, divulgando a quem quisesse ouvir que haviam descoberto "o segredo da vida". Vale a pena conferir!
" A idéia de animar o inanimado e de aperfeiçoar a vida que ocorre naturalmente na Terra já cativara a imaginação humana muito antes da publicação do livro de Mary Shelley em 1818" (Watson fala de Frankenstein). "A mitologia grega nos fala de um escultor, Pigmalião, que consegue convencer Afrodite, a deusa do amor, a insuflar vida na estátua de uma linda mulher que ele esculpira em marfim. Mas foi durante o frenético rompante de progresso científico após o Iluminismo que os cientistas pela primeira vez se deram conta de que o segredo da vida talvez estivesse ao alcance do ser humano. Na verdade, Dr Darwin ao qual o prefácio de Shelley se refere não é o nosso conhecido Charles, mas seu avô, Erasmus, cujo uso experimental da eletricidade para reanimar pedaços de cadáveres fascinou seu conterrâneo. Em retrospecto, sabemos que as investigações do dr Darwin acerca do que se conhecia como "galvanismo" foram um rebate falso: o segredo da vida permaneceria secreto até 1953. Só com a descoberta da dupla-hélice e a revolução genética subsequente tivemos motivo para supor que poderes tradicionalmente tidos como prerrogativa dos deuses poderiam um dia ser nossos. A vida, tal como a conhecemos, nada mais é que uma vasta gama de reações químicas coordenadas. O "segredo" dessa coordenação é um complexo e arrebatador conjunto de instruções inscritas - quimicamente - em nosso DNA ".

Espero, com este pequeno trecho, ter aguçado a curiosidade dos leitores. Eu adorei!!! Boa leitura!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biomonitoramento da Ufba congrega pesquisadores com atuações diversas no campo da Ecologia. Tem por objetivo central a formação de pessoal altamente qualificado nos níveis de Mestrado (Acadêmico e Profissional) e Doutorado). Atende também à formação de outros interessados, oferecendo vagas para alunos especiais em disciplinas e através da promoção de cursos de extensão. Conheça o histórico e perfil do Programa, a proposta pedagógica dos cursos, seus docentes e estudantes e os produtos de suas atividades de pesquisa !!!
Maiores informações no site: www.ecologia.ufba.br 


Bioenergética

Continuando meus resumos numa leitura do Lehninger em busca de maiores conhecimentos para o meu curso, fiz um resumo sobre bioenergética. Continuo aberta a críticas e sugestões!

Todo organismo vivo precisa realizar "trabalho" para se manter vivo e reproduzir, em um estado de equilíbrio dinâmico, pequenas moléculas, macromoléculas e complexos supramoleculares são continuamente sintetizados e depois degradados em diversas reações químicas que envolvem um fluxo constante de massa e energia por todo esse sistema.

Se a energia livre é negativa, ou seja, se há energia no sistema para a realização do trabalho, o processo tende a ocorrer espontaneamente. Mas para determinadas funções celulares, em que as moléculas são menos estáveis, e que são requerimentos termodinamicamente "desfavoráveis", as reações que ocorrem consomem a energia (reações endergônicas, de valor positivo). É como se eu quisesse fazer com que uma caixa subisse o morro, preciso gastar energia empurrando essa caixa. E de onde vem essa energia? Estas reações são acopladas a outras que liberam energia (reações exergônicas, de valor negativo). No final, esse processo global será exergônico, ou seja, a soma da variação de energia livre é negativa.

Esse conteúdo de energia livre de qualquer sistema fechado é chamado de G, ou energia livre de Gibbs. Expressa a quantidade de energia capaz de realizar trabalho durante uma reação a temperatura e pressão constantes. Como explicado anteriormente, quando uma reação ocorre com liberação de energia livre, a sua variação fica com valor negativo (reação exergônica). Quando numa reação ocorre absorção de energia livre, a variação é positiva e a reação é dita endergônica. Essa variação de energia livre, por sua vez, vai depender das concentrações de reagentes e produtos. Sempre a quantidade de energia disponível para realizar trabalho é menor que a quantidade teórica de energia liberada, porque parte é perdida na forma de calor. A variação de energia livre para qualquer reação química é uma função da variação de energia livre-padrão, uma constante característica de cada reação específica, um termo que expressa as concentrações iniciais dos reagentes e produtos.

E de onde vem essa energia livre das reações acopladas? Da quebra de moléculas de ATP, por exemplo, onde suas ligações fosfoanidrídicas possuem bastante energia e esta é liberada. De maneira geral, a energia oriunda do metabolismo dos alimentos ou da luz é acoplada às reações que requerem energia. Além disso, a tendência de uma reação química ir para a finalização pode ser expressa como uma constante de equilíbrio. 

O metabolismo envolve uma multiplicidade de reações que acontecem ao mesmo tempo, ou melhor dizendo, que atuam de forma cooperativa. São centenas de reações catalisadas enzimaticamente (leiam o resumo sobre enzimas disponível aqui no blog!) para obter energia; converter as moléculas dos nutrientes; produzir macromoléculas; sintetizar e degradar biomoléculas.

Nos processos metabólicos, da mesma maneira como todas as transformações energéticas, ocorre liberação de energia útil (energia livre) associada a um aumento da quantidade de energia não utilizável (calor e entropia). Existem basicamente 2 fases do metabolismo: 
  1. O catabolismo, onde as moléculas são degradadas em moléculas mais simples e parte da energia é conservada na forma de ATP e de transportadores de elétrons reduzidos, além de parte restante liberada na forma de calor;
  2. O anabolismo ou biossíntese, onde são produzidas macromoléculas, o que requer fornecimento de energia.
Esse calor não é uma fonte de energia para as células porque ele só é capaz de realizar trabalho quando passa para uma região ou objeto com menos temperatura, pois as células são sistemas isotérmicos, ou seja, funcionam em temperatura constante.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Curso EAD para orientar a elaboração de planos estaduais e municipais de gestão de resíduos sólidos


Notícias do MMA - Curso direcionado para gestores e técnicos do quadro permanente do governo do Estado e Municípios. A finalidade é capacitar o pessoal para gestão dos resíduos nas cidades e finalmente acabar com os lixões à céu aberto. Espero que seja uma boa iniciativa e que dê certo!

Resíduos sólidos reabre inscrições

    Por Rafaela Ribeiro

    Estão abertas as incrições para a segunda turma do curso de ensino a distância para orientar a elaboração de planos estaduais e municipais de gestão de resíduos sólidos. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o ICLEI-Brasil - que reúne 1.200 governos e associações compromissados com o desenvolvimento sustentável -  e apoio da Embaixada Britânica estão finalizando a primeira turma.

    O curso, que tem 250 participantes na turma piloto, foi traçado com base na estrutura e no conteúdo do Manual de Orientação disponível no portal do MMA. A turma piloto teve início no dia 14 de maio e o seu encerramento será no dia 12 de junho, momento em que serão analisadas todas as contribuições para aprimoramento do curso. O início da próxima turma está previsto para meados de julho.

    GESTÃO

    O diretor de Ambiente Urbano do MMA, Silvano da Costa, explicou que um dos intrumentos mais importantes da Política Nacional de Resíduos Sólidos são os planos.  "Esse curso tem a finalidade de apoiar e preparar os gestores para produzirem seus planos e otimizarem a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos", afirmou.

    O curso é dividido em módulos onde são sugeridos textos e vídeos complementares, bem como atividades e fóruns de discussão para que o aluno conheça e se aprofunde nos principais conceitos para elaboração de qualificado um plano de gestão. Os participantes devem se dedicar, em média, dez horas semanais durante um mês. O curso é oferecido por meio de plataforma com acesso restrito aos alunos onde os módulos ficam disponíveis. Cada participante acessa a plataforma e cursa as aulas nos horários que lhe for mais conveniente. Após o início, são 30 dias para finalizar o curso todo.

    As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site: www.eadresiduos.org.br

    segunda-feira, 11 de junho de 2012

    SIMPÓSIO DE RESÍDUOS: Soluções práticas e legais para resíduo sólido da agroindústria e agropecuária


    O que é resíduo? 
    É qualquer material que sobra depois de algum processo, seja na indústria, nas feiras livres ou até nas nossas casas. Esses materiais, se não forem reutilizados ou reciclados, são descartados no meio ambiente causando problemas de desperdício e poluição, principalmente se forem para lixões, que são locais inadequados para descarte do lixo na grande maioria das cidades.
    Por isso é interessante que se conheçam novas práticas, o que é legal e o que é ilegal no descarte de materiais. Isso é foco nesse simpósio, quem tiver a oportunidade de estar em Jaboticabal nesse momento, será de grande valia para o incremento de conhecimento.
    Quem quiser aprofundar mais no assunto, pode ler o manual publicado pelo Ministério do Meio Ambiente este ano "Planos de Gestão de Resíduos Sólidos: manual de orientação".

    SIMPÓSIO DE RESÍDUOS: Soluções práticas e legais para resíduo sólido da agroindústria e agropecuária 

    15 e 16 de agosto de 2012
    Centro de Convenções - Unesp/FCAV - Jaboticabal

    Prazo para envio dos trabalhos até 29/06
    Clique e confira as normas.

    e-mail para envio de resumos:
    simposioderesiduos@gmail.com


    15/08/2012
    Hora
    Atividades
    08h - 09h
    Credenciamento
    09h – 10h
    Cerimônia de Abertura
    10h - 11h
    Comunicação, que confusão. Comunicação verbal e não verbal, a importância da comunicação interpessoal.
    Palestrante: Prof. Msc. João Antonio Galbiatti Filho – Psicólogo, Psicodramatista.
    11:00 - 12:00
    Potencialidade dos resíduos em sistemas produtivos
    Palestrante: Eng. Civil MSc. Paulo Henrique Bellingieri -REUSA – Engenharia e Gestão de Resíduos Sólidos
    ALMOÇO
    14h - 15h20
    CETESB: Gerenciamento de resíduos
    Palestrante: Eng. MSc. Amauri da Silva Moreira – CETESB Agência Ambiental de Jaboticabal
    15h30 - 16h
    Café
    16h - 17h20
    Integração de resíduos da agropecuária x crédito de carbono
    Palestrante: Prof. Dr. Jorge de Lucas Junior – UNESP Jaboticabal

    16/08/2012
    08h - 09h20
    Nestlé: Planos e ações na gestão de resíduos da agroindústria
    Palestrante: Dr. Ailton Storolli – Gerente Corporativo de Meio Ambiente – NESTLÉ.
    09h30 - 10h
    Café
    10:00 - 11:20
    Manejo de Vinhaça – Implicações, Práticas e Perspectivas para o Futuro
    Palestrantes: Engº de Produção Elke Meirelles – Gerente Industrial Usina São Martinho
    Engº Agrônomo Maurício dos Santos Simões – Gerente de Produção Agrícola Usina São Martinho
     ALMOÇO
    14h - 15h30
    Apresentação de Trabalho Oral
    15h30 – 16h
    Apresentação de Pôster
    16h
    Encerramento e entrega de Certificado



    domingo, 10 de junho de 2012

    Enzimas

    Fiz um resumo do Lehninger, Princípios de Bioquímica, não só porque estou lendo DNA O segredo da vida, mas também porque estou estudando pro doutorado, enfim. Fiz esse resumo e gostaria de partilhar com vcs. Qualquer argumentação, comentário ou crítica é só deixar que responderei o mais breve possível.

    "As enzimas promovem sequências de reações químicas com velocidade significante, ou seja, são biocatalizadores que aumentam muito a velocidade das reações químicas específicas e, tão importante quanto a própria reação em si, é que as enzimas não são consumidas nesses processo. Na verdade, a enzima oferece um ambiente específico para que a reação ocorra mais rapidamente, o chamado sítio ativo, onde o substrato, uma molécula, se liga. Essa superfície do sítio ativo é revestida por resíduos de aminoácidos com grupos substituintes que ligam o substrato e catalisam sua transformação química. 

    Para transformar o reagente no produto precisa-se passar por uma barreira de ativação, ou seja, uma barreira, como o nome diz, para que uma reação ocorra. Primeiro as ligações existentes devem ser quebradas para a formação de outras novas, isso cria o chamado estado de transição, que possui energia livre maior que a dos reagentes ou produtos. Para isso, o reagente precisa de energia de ativação, uma enzima catalisa essa reação, liberando energia e reduzindo a energia de ativação para a reação.

    A velocidade de uma reação reflete essa energia de ativação, ou seja, uma alta energia de ativação corresponde a uma reação mais lenta. As velocidades de reação podem ser aumentadas pela elevação da temperatura, aumentando assim o nº de moléculas com energia suficiente para ultrapassar a barreira de energia, ou, de maneira mais "simples", adicionando um catalisador. 

    O que é catálise? É a aceleração das reações químicas por meio das enzimas. As enzimas catalisam as reações que degradam as moléculas, conservam e transformam a energia química, sintetizam macromoléculas. As interações das ligações fracas entre a enzima e seu substrato podem ser usadas para catalisar uma reação. Com exceção de algumas moléculas de RNA catalítico, todas as enzimas são proteínas e sua estrutura é essencial para a sua atividade catalítica, pois se for desnaturada ou dissociada em subunidades, ela perde sua atividade catalítica. Já algumas precisam de um componente químico adicional (um ou mais íons inorgânicos), chamado de co-fator, ou de uma molécula metalorgânica, a coenzima, sendo o conjunto com a enzima sendo chamado de grupo prostético. Se essa enzima é catalicamente ativa, temos uma holoenzima. Sua parte proteica é chamada de apoenzima ou apoproteína. Na verdade, essa molécula metalorgânica ligada à enzima, muitas vezes sendo derivada de uma vitamina, atua como transportador transitório de determinados grupos funcionais.

    Geralmente cada enzima catalisa uma reação devido ao sítio de ligação da superfície da enzima com o reagente se específica, mas essas reações são organizadas funcionalmente de maneira que o produto de uma reação seja o reagente da próxima, em vias metabólicas. Algumas dessas vias degradam substâncias para conversão de energia livre (catabolismo), outras são vias para produção de substâncias complexas, que requer energia (anabolismo). Isso tudo engloba o metabolismo celular, que é regulado para alcançar o balanço e a economia. Além disso, as enzimas também organizam e controlam as reações de forma que a maior parte da energia liberada é recuperada em outras formas químicas e tornadas disponíveis à celula para outras tarefas.

    Cada enzima é classificada de acordo com a reação que catalisa. Foram separadas em 6 classes, cada uma com subclasses, baseadas no tipo de reação catalisada:
    1- oxidorredutases - catalisa a transferência de elétrons (íons hidretos ou átomos de H)
    2- transferases - reações de transferência de grupos
    3- hidrolases - reações de hidrólise (transferência de grupos funcionais da água)
    4- liases - adição de grupos a ligações duplas, ou formação de duplas ligações pela remoção de grupos
    5- isomerases - transferência de grupos dentro de moléculas para produzir formas isoméricas.
    6- ligases - formação de ligações C-C, C-S, C-O e C-N pelas reações de condensação acopladas à clivagem do ATP.

    Mas como a célula faz isso? Em todo esse metabolismo, a célula degrada e sintetiza as substâncias que necessita em quantidades exatas, exceto em casos excepcionais, onde ocorrem mutações genéticas ou por problemas ambientais que causam desordens celulares, mas por exemplo as enzimas principais de cada via metabólica são reguladas de forma que cada tipo de molécula precursora é produzida em quantidades exatas para o que a célula necessita. Quando o produto final já se encontra em quantidade ideal e começa a se acumular, por exemplo, esse aumento da concentração inibe a atividade a atividade catalítica da primeira enzima, diminuindo imediatamente a síntese do produto final. Tal processo é chamado de retroalimentação, que mantém o balanço nas concentrações de cada intermediário metabólico. Esses intermediários têm um tempo de vida finito mas podem ser substâncias químicas estáveis.

    Os equilíbrios da reação estão ligados à variação da energia livre padrão para ela e as velocidades de reação são ligadas à energia de ativação. Um equilíbrio é descrito por uma constante de equilíbrio (K) e é diretamente relacionada à variação total de energia livre padrão para a reação.

    Uma questão interessante que explica a diminuição da energia de ativação em reações específicas é que a interação da enzima com o substrato libera uma pequena quantidade de energia livre que estabiliza a interação, chamada de energia de ligação. Na maior parte das enzimas, essa energia de ligação é um dos vários contribuintes para a catálise em geral, mas de maneira diferente a catálise ácido-base, covalente e por íons metálicos envolvem uma interação covalente transitória com um substrato ou a um grupo de transferência para ou de um substrato.

    Muitas dessas reações como por exemplo catálise ácido-base, envolvem a formação de intermediários carregados instáveis que tendem a se degradar rapidamente aos seus reagentes constituintes iniciais, o que impediria a reação. Fazendo a estabilização deles por meio de transferência de prótons forma algo que degrada mais fácil em produtos, pode ser apenas com os constituintes da água ou outros doadores ou receptores de prótons. Essa é uma das reações mais comuns.

    Na catálise covalente, uma ligação covalente transitória é formada entre a enzima e o substrato e esses complexos sempre sofrem reação posterior para regenerar a enzima livre. Essa ligação covalente pode ativar um substrato para reação posterior de maneira que seja usualmente específica para o grupo particular ou a coenzima.

    Na catálise por íons metálicos, como o nome já diz, os metais podem participar, quer estejam ligados à enzima, quer sejam retirados da solução junto com o substrato. Isso pode orientar o substrato para a reação ou estabilizar estados de transição carregados.

    As enzimas aumentam a velocidades das reações químicas específicas mas existem diversos fatores que afetam isso e podem interferir de maneira significativa nessa velocidade. Como já falei um pouco quando toquei no assunto retroalimentação. É óbvio que um dos fatores que afetam a velocidade é a concentração do substrato. A velocidade inicial, quando a concentração do substrato é muito maior que a concentração da enzima, aumenta até alcançar a velocidade máxima, ou seja, quando a enzima estiver saturada com seu substrato, de forma que aumentos adicionais na concentração do substrato não tem efeito na velocidade porque não há mais enzima para se ligar. Quando a concentração do substrato onde a velocidade inicial é metade da velocidade máxima, temos o Km, ou seja, a constante de Michaelis, que é equivalente à concentração de substrato quando a velocidade inicial for metade da velocidade máxima, mas Km não pode ser considerada uma simples medida da afinidade do substrato, ela pode se tornar uma função muito complexa de muitas constantes de velocidade, que não pode ser aplicado a todas as enzimas, apesar dos parâmetros de velocidade máxima e Km poderem ser obtidos experimentalmente para qualquer enzima.

    Uma coisa interessante a ser abordada é que as enzimas estão sujeitas à inibição por agentes moleculares que interferem na catálise, diminuindo ou parando as reações enzimáticas e isso pode ser reversível ou não. A inibição reversível é feita por um competidor que ocupa o sítio ativo da enzima e impede a ligação da mesma com seu substrato. Isso pode ser revertido aumentando-se a concentração do substrato. Um inibidor irreversível se liga de forma covalente com a enzima ou destrói um grupo funcional da mesma que é essencial para sua atividade, ou ainda pode formar uma associação não-covalente bastante estável.

    Além da atividade enzimática depender da concentração do substrato, ela também é bastante dependente do pH pois elas possuem um valor ou um intervalo no qual elas trabalham melhor, em que possuem atividade máxima. As cadeias laterais dos aminoácidos no sítio ativo podem atuar como ácidos e bases fracos e com funções críticas que dependem da manutenção de um estado de ionização específico e, onde estiverem na proteína, as cadeias laterais ionizadas podem desempenhar um papel essencial nas interações que mantém a estrutura proteica.

    Uma enzima não trabalha só, no metabolismo celular, grupos de enzimas trabalham juntas em vias sequenciais para realizar um processo metabólico específico e, nesse caso, o produto da reação de uma enzima acaba se tornando o substrato para a próxima. A primeira enzima é uma reguladora e sua atividade pode ser modulada de várias maneiras, sua atividade é complexa, e qual a vantagem disso? Justamente ter o controle das reações que são necessárias a cada momento dentro da célula, síntese e armazenamento de metabólitos, degradação de materiais, energia química usada economicamente de acordo com a necessidade, com regulação específica mantendo vivo o organismo que dela necessita.


    domingo, 3 de junho de 2012

    VIII CURSO DE INVERNO DE GENÉTICA


    Pessoal, esse curso é muito interessante, pra quem tiver a oportunidade de estar em Jaboticabal nesse período. A FUNEP é uma Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão, fundação de direito privado, de fins não econômicos e é de apoio à universidade. É conveniada com a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP por um programa de cooperação acadêmica nas áreas de suas atuações e de interesses comuns, especialmente com a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV, Campus de Jaboticabal/SP, onde integra atividades científicas, educacionais, culturais, ambientais e assistenciais. Maiores informações no link: http://www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=271
    VIII CURSO DE INVERNO DE GENÉTICA
    23 A 27 DE JULHO - 2012
    LOCAL: CENTRO DE CONVENÇÕES “PROF. IVALDO MELITO(UNESP/FCAV)

    O participante tem direito apenas a 1 minicurso!

    Descrição: O curso tem o objetivo de apresentar conceitos gerais da área de Genética, bem como proporcionar vivência prática em linhas de pesquisa desenvolvidas pelos pós-graduandos da FCAV/UNESP. As atividades incluem palestras teóricas pela manhã, apresentação de painéis e a realização de mini-cursos práticos em laboratórios no período da tarde.
    Público alvo: Alunos de graduação, recém graduados, pós-graduandos e profissionais interessados em linhas de pesquisa relacionadas à genética.
    Vagas: Palestras + minicurso = 112 (40 horas)
    Palestras = 300 (20 horas)
    Coordenadores do Evento:
    Prof. Dr. Manoel Victor Franco Lemos
    Prof. Dra. Janete Apparecida Desidério
    Ana Rita Nunes Lemes
    Paula Cristina Brunini Crialesi Legori
    Suzana Cristina Marucci

    PREPAREM SEUS RESUMOS: Os resumos serão revisados pela Comissão Organizadora do Evento e somente serão aceitos aqueles que explanarem pesquisas desenvolvidas na área de Genética. (PDF – NORMAS DO CURSO) acesse o link
    ATENÇÃO:O envio de resumos será aceito até o dia 05/06/2012

    Após efetuar o pagamento referente ao VIII Curso de Inverno de Genética, enviar seu resumo para:resumocurso@yahoo.com.br e aguardar confirmação de recebimento.

    Programação

    23/07 - SEGUNDA-FEIRA
    08h00 - Entrega de material e Inscrições
    09h00 - Abertura do VIII Curso de Inverno de Genética (diretora e coordenadores do curso e da pós-graduação)
    10h00 às 10h20 - Coffee break
    10h20 às 11h30 - Palestra de abertura
    11h30 às 14h00 - Almoço
    14h00 às 17h30 – Minicursos

    24/07 - TERÇA-FEIRA
    08h00 às 09h00 – "Seleção genômica em bovinos de corte"Palestrante: Dr. Roberto Carvalheiro
    09h00 às 10h00 - "Análise da diversidade microbiana por meio de métodos independentes de cultivo" - Dr. Welington Luiz Araujo
    10h00 às 10h20 - Coffee break
    10h20 às 11h30 - "A repercussão do trabalho de Mendel na nossa Vida". Palestrante: Dr. Magno Ramalho - UFLA
    11h30 às 14h00 - Almoço
    14h00 às 17h30 – Minicursos
                                                                       
    25/07 - QUARTA-FEIRA
    08h00 às 09h00 –  "Overview” das Tecnologias de Sequenciamento de Ácidos Nucléicos” Palestrante: Dra Agda Facincani - UNESP
    09h00 às 10h00 - "A citogenética como uma ferramenta para identificar as espécies invasoras e desvendar  a biodiversidade de peixes" – Palestrante: Dr. Orlando Moreira Filho; Msc. Daniel Rodrigues Blanco. - UFSCar
    10h00 às 10h20 - Coffee break
    10h20 às 11h30 - APRESENTAÇÃO DE PAINÉIS
    11h30 às 14h00 - Almoço
    14h00 às 17h30 – Minicursos

    26/07 - QUINTA-FEIRA
    08h00 às 09h00 – “Transformação genética de plantas e desafios em cana-de-açúcar” Palestrante: Paula Macedo Nobile
    09h00 às 10h00 - "Análise dos perfis de expressão gênica em Diabetes Mellitus Tipo II". Palestrante: Dra Fernanda da Silva Manoel Caetano- Departamento de Biologia - FFCLRP/USP - Ribeirão Preto
    10h00 às 10h20 - Coffee break
    10h20 às 11h30 – “Bioinformática na era da nova geração de sequenciamento”. Palestrante:Luciano Takeshi Kiche
    11h30 às 14h00 - Almoço
    14h00 às 17h30 – Minicursos

    27/07 - SEXTA-FEIRA
    08h00 às 09h00 - Palestrante: Dra Luciana Rossini Pinto - IAC -Ribeirão Preto
    09h00 às 10h00 "Genética Forense: o DNA na elucidação de crimes". Palestrante: Juliana Romera Mansilha
    10h00 às 10h20 - Coffee break
    10h20 às 11h30 – “Regulamentação de OMGs no Brasil” Palestrante: Dra Taís Leite Ferreira Pinto - Syngenta
    11h30 às 12h00 - Encerramento do VIII Curso de Inverno de Genética
    11h30 às 14h00 - Almoço
    14h00 às 17h30 – Minicursos e entrega dos certificados

    INVESTIMENTOS


    Até 05/06/12
    Após 05/06/12
    Palestra + Minicurso
    R$ 150,00
    R$ 170,00
    Palestra
    R$ 60,00
    R$ 70,00



    Minicurso 1: Produção de proteína com potencial bioinseticida a partir de microrganismos
    Vagas: 10
    Minicurso 2:Melhoramento Genético da Soja – Princípios Teóricos e Práticos
    Vagas: 10
    Minicurso 3:Utilização de marcadores moleculares no melhoramento genético de plantas
    Vagas: 10
    Minicurso 4: Manipulação do RNA e técnicas de estudo de expressão gênica em plantas
    Vagas: 08
    Minicurso 5: Clonagem gênica: conceitos básicos, ferramentas e aplicações
    Vagas: 08
    Minicurso 6Automatização de métodos moleculares
    Vagas: 08
    Minicurso 7: Indução da expressão e caracterização de enzimas microbianas
    Vagas: 08
    Minicurso 8: Utilização da PCR para identificação de espécies de microrganismos, genes específicos e análise da diversidade genética
    Vagas: 07
    Minicurso 9: Extração de DNA de fungos e bactérias
    Vagas: 07
    Minicurso 10: Biologia molecular aplicada ao melhoramento genético animal
    Vagas: 10
    Minicurso 11: Cultivo celular e técnica de virusneutralização
    Vagas: 08
    Minicurso 12: Aplicação das técnicas RT-PCR no diagnóstico e na epidemiologia de RNA-Vírus
    Vagas: 08
    Minicurso 13: Comparação dos Padrões de Resistência Antimicrobiana entre os isolados de Escherichia coliportadores dos genes de virulência Stx1, Stx2 e eae
    Vagas:10
    Minicurso 14: Extração de DNA vegetal: arte ou ciência?
    Vagas:10
    Minicurso 15: Desvendandogenes e estruturas protéicas através da bioinformática
    Vagas: 15

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