Mais uma ausência e mais uma lembrança da minha primeira melhor viagem de férias, percorrendo a Chapada Diamantina, sozinha, no meu carro, simplesmente colocando a bagagem no porta malas do carro revisado e saindo com um roteiro na mão, mapas das estradas e listas de hospedagem em todas as cidades de paradas. Sinto saudades e fica a vontade de fazer de novo, com leves mudanças no roteiro.
Loucura pra alguns mas é a vivência da total liberdade que uma pessoa pode ter. Percorri a Chapada Diamantina de norte a sul, ou melhor de sul a norte, rs. Começando por Rio de Contas, uma cidade que poucos conhecem.
É uma cidade tranquila, com poucos visitantes (exceto no carnaval e alguns feriados populares). A cidade é das mais antigas da região, com arquitetura bastante preservada, do século XVII, que cresceu com o garimpo. Abriga comunidades descendentes de portugueses que só se casam entre si (Povoado Mato Grosso) e comunidades negras, descendentes de escravos, que ficam também isoladas (Bananal e Barra).
A foto ao lado mostra a Igreja Nossa Senhora de Santana, logo na chegada, impossível não reparar e parar pra tirar uma foto. Construída por escravos, ficou em ruínas e os moradores acabaram retirando parte dos seus tijolos para construção de casas (um sacrilégio). Hoje é tombada.
A flora da região é bastante rica e diversificada, com espécies endêmicas, até mesmo ainda não identificadas. Não é à toa que sempre encontramos pesquisadores (em viagem de férias) por lá, interessados em conhecer a flora da região.
- Arquivo Municipal - casa onde nasceu o Barão de Macaúbas
- Antiga Casa de Câmara e Cadeia Pública - fica praticamente no centro da cidade, era uma das mais temidas cadeias da Bahia.
- Estrada Real - calçada de pedras que ligava Rio de Contas à Livramento do Brumado. Uma ladeira de tirar o fôlego, um excelente exercício.
- Museu Zofir - onde viveu o artista plástico.
Muitas trilhas e caminhadas levam a lugares maravilhosos, de tirar o fôlego. Pico das Almas (1958 m), Pico do Itobira (2017 m) e Pico do Barbado (2033 m), são simplesmente os 3 maiores da Bahia e os que eu tenho vontade de desbravar. O primeiro já foi e será foco da próxima postagem.
Onde se hospedar:
A Pousada Sempre Viva fechou, infelizmente, muito aconchegante e barata, mas indico a Pousada Aconchego, que apesar de não ter ficado lá tive boas recomendações e Pousada Chalé do Rapouso, que apesar de distante (na entrada da cidade, a uns 3Km do centro), oferece um camping, piscina, porta de entrada da Estrada Real e foi hospedagem para mim e alunos em uma viagem de campo.
