Utilização de plantas medicinais no Povoado Sapucaia , Cruz das Almas – Bahia
Rodrigues, A. C. C., & Guedes, M. L. S. (2006). Utilização de plantas medicinais no Povoado Sapucaia , Cruz das Almas – Bahia. Revista Brasileira De Plantas Medicinais, 8(2), 1-7. Para visualizar o artigo completo "clique aqui".
RESUMO: Este trabalho foi desenvolvido no Povoado de Sapucaia, localizado no município de Cruz das Almas, Bahia, a 12º40’19’’S e 39º06’22’’W. Teve como objetivos resgatar o conhecimento em saúde da comunidade, e conhecer as plantas tanto a nível popular quanto científico, comparando suas utilidades. A metodologia utilizada foi a de entrevistas semi-estruturadas com 75 famílias do local, coleta de espécimes vegetais, identificação e incorporação dos mesmos ao acervo do Herbário Alexandre Leal Costa (ALCB), no Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia. Foi constatado que 60% das famílias têm membros que apresentam algum tipo de doença. Dentre os casos mais destacados estão: hipertensão (39,3%), problemas de garganta (13,1%), diabetes (11,5%) e problemas de coração (8,2%). Mesmo assim, 62,7% desses moradores portadores de doenças não fazem uso de medicamentos devido, principalmente, ao baixo poder
aquisitivo. Entretanto, utilizam receitas de plantas medicinais provenientes sobretudo de seus antepassados e dos seus vizinhos. Das 65 plantas citadas, 28 foram identificadas cientificamente e os seus usos comparados com a literatura disponível. As espécies mais utilizadas foram Lippia alba, Pothomorphe umbellata, Alpinia speciosa, Plantago major e Bidens pilosa. Entretanto, cinco das espécies utilizadas pela população (Acalypha ambiodonta, Croton lobatus, Gomphrena desertorum, Bauhinia monandra e Pilea microphylla), não foram ainda citadas pela comunidade científica como tendo propriedades medicinais. Este fato reforça a necessidade de investir mais em pesquisa de fitoterápicos quando se compara ao grande número de espécies utilizadas, segundo a própria comunidade, com bastante eficácia, mas sem validação científica.
Palavras-chave: plantas medicinais, saúde, etnofarmacologia, medicamentos
RODRIGUES, A.C. da C.; OSUNA, J.T.A.; QUEIROZ, S.R.de O.D.; RIOS, A.P.de S. Biometria de frutos e sementes e grau de umidade de sementes de angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) procedentes de duas áreas distintas. Revista Científica Eletronica de Engenharia Florestal, v. 8, p. 1/2-15, 2006. Para visualizar o artigo completo "clique aqui"
Resumo:Este trabalho objetivou estudos comparativos biométricos de frutos e sementes, e o grau de umidade dessas sementes, de indivíduos de áreas edafo-climáticas distintas, para verificar diferenças morfofisiológicas entre essas populações. Frutos e sementes de Cruz das Almas e Tanquinho-Bahia foram medidos e pesados, e as sementes levadas para secar em estufa 60ºC. As médias dos frutos de Cruz das Almas e Tanquinho variaram, respectivamente, entre 21,64-17,73cm para comprimento, 1,86-1,70cm para largura, e 7,33-4,78g para massa. As sementes variaram entre 14.25-12,72mm, 13,75-10,20mm e 0,18-0,11g, respectivamente para comprimento, largura e massa, de Cruz das Almas e Tanquinho. Estes resultados evidenciam adaptações de uma mesma espécie a diferentes condições edafo-climáticas.
Palavras-chave: ecofisiologia, caracterização morfológica, água, desenvolvimento vegetal, leguminosa.
RODRIGUES, Ana Carolina da Cunha ; OSUNA, Juan Tomás Ayala . Biometria de frutos e sementes, germinação e crescimento de angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) em diferentes condições de substrato e luminosidade. Campinas: Revista Biota Neotropica, v. 6, n. 1, 2006. "Clique aqui"
Resumo: A maior parte da região Nordeste do Brasil é composta por dois importantes Biomas, a Caatinga e a Mata Atlântica, com características peculiares de clima e fisionomia, possuindo espécies vegetais de grande importância, muitas Fabaceae, que podem levar o Nordestino a superar melhor as dificuldades impostas tanto pela natureza quanto pelos impactos ambientais causados pelo próprio homem. Uma dessas espécies, pouco freqüente mas amplamente difundida pelo Brasil e países vizinhos, é conhecida por angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) – Fabaceae, Mimosoideae – que possui elevado potencial econômico sendo bastante utilizado como ornamental, medicinal, para o fornecimento de tanino, resina, madeira e mel, e devido a esse uso intenso aliado aos problemas de degradação ambiental, é considerado sob risco de extinção. Baseado nessas relevâncias apresentadas e tendo em vista os problemas de uso inadequado do solo, antropização, pobreza, entre outros ocorrentes no Nordeste, o presente trabalho objetivou desenvolver estudos comparativos, morfométricos, germinativos e de crescimento, de indivíduos procedentes de duas áreas climáticas distintas, para analisar se há diferenças morfológicas entre as populações e a variabilidade dentro delas também quando submetidas a condições de laboratório e de viveiro, com diferentes tipos de solos e luminosidades. Primeiramente frutos e sementes foram medidos e pesados e o teor de água feito em estufa a 60ºC durante 72 horas ou até que o peso fosse estabilizado. Para avaliar comparativamente a germinação, foram observados a porcentagem de germinação (%G), o tempo médio (t) e o índice de velocidade de germinação (IVG) em germinador a 30ºC ± 1 com 12 horas de luz e em viveiros com diferentes tipos de solos e luminosidades. Para avaliar o crescimento, mudas dessas duas populações foram colocadas em um arranjo Fatorial 2X5X3 estruturados em um Delineamento Inteiramente Casualizado e tiveram mensurados a altura da planta (cm), o número de folhas, diâmetro do caule (mm) e matéria seca (g). As médias dos frutos de Cruz das Almas e Tanquinho variaram, respectivamente, entre 21,64 e 17,73cm para comprimento, 1,86 e 1,70cm para largura, e 7,33 e 4,78g para massa. Para as sementes, as médias variaram entre 14,25 e 12,72mm, 13,75 e 10,20mm e 0,18 e 0,11g, respectivamente para comprimento, largura e massa procedentes de Cruz das Almas e
Tanquinho. Os graus de umidade se encontraram entre 6,92 e 8,14%. Para germinação, a luminosidade mais adequada é a de 30% de luz na areia. A população de Tanquinho se mostrou mais vigorosa podendo ser explicada como estrategicamente adaptada para rapidez de estabelecimento, aproveitando as condições favoráveis ao subseqüente desenvolvimento. Com relação ao crescimento, os diferentes tipos de solos e luminosidades utilizados interferiram significativamente, causando variações consideráveis nos caracteres mensurados e as diferentes procedências também se comportaram de maneira distinta. O solo 2 sob 30% de luz favoreceu maior crescimento em altura e maior número de folhas. O solo 2 a pleno sol favoreceu maior diâmetro do caule e os tratamentos mantidos nessa luminosidade apresentaram menor peso de matéria seca. Esses comportamentos diferenciados das mudas e as variações morfofisiológicas dos indivíduos das duas populações sugerem diferenças adaptativas de uma mesma espécie a diferentes condições climáticas dos hábitats em que ocorrem, contribuindo para o sucesso ecológico e evolutivo dessa espécie.
Palavras-chave: ecofisiologia, desenvolvimento, produção, adaptação.
Mudanças morfométricas em sementes na espécie Angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) em diferentes condições ambientais
RODRIGUES, Ana Carolina da Cunha ; OSUNA, Juan Tomás Ayala. Mudanças morfométricas em sementes na espécie Angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) em diferentes condições ambientais. Revista Brasileira de Farmacognosia, Maringá - PR, v. 14(s1), n. supl. 01, p. 35-36, 2004. Para visualizar o artigo completo "clique aqui"
Resumo: A Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul é bastante utilizada como medicinal, ornamental, melífera, madeireira, forrageira, energética e tanífera, e devido à essa utilidade e aos processos de degradação ambiental está na lista das espécies ameaçadas de extinção. Assim, é necessário ampliar o conhecimento científico para possibilitar o uso sustentável, sua conservação e contribuir para estudos posteriores. Por isso, foram comparadas subamostras de 100 sementes de três populações localizadas nas cidades de Tanquinho, Cruz das Almas e Milagres, com diferentes tipos climáticos, visando verificar se há variação significativa de tamanho e peso das mesmas dentro e entre as populações. Os resultados mostraram que não há diferença significativa entre os comprimentos, larguras e pesos das sementes provenientes de Tanquinho e Milagres, pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. Já as sementes da população de Cruz das Almas possuem tamanho e peso maiores. Estas respostas sugerem diferentes adaptações de uma mesma espécie a diferentes condições climáticas, o que poderia influenciar no seu potencial de ocorrência e capacidade competitiva com outras espécies e com tipos de manejo.
Biometria de frutos e sementes e grau de umidade de sementes de angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) procedentes de duas áreas distintas
Resumo:Este trabalho objetivou estudos comparativos biométricos de frutos e sementes, e o grau de umidade dessas sementes, de indivíduos de áreas edafo-climáticas distintas, para verificar diferenças morfofisiológicas entre essas populações. Frutos e sementes de Cruz das Almas e Tanquinho-Bahia foram medidos e pesados, e as sementes levadas para secar em estufa 60ºC. As médias dos frutos de Cruz das Almas e Tanquinho variaram, respectivamente, entre 21,64-17,73cm para comprimento, 1,86-1,70cm para largura, e 7,33-4,78g para massa. As sementes variaram entre 14.25-12,72mm, 13,75-10,20mm e 0,18-0,11g, respectivamente para comprimento, largura e massa, de Cruz das Almas e Tanquinho. Estes resultados evidenciam adaptações de uma mesma espécie a diferentes condições edafo-climáticas.
Palavras-chave: ecofisiologia, caracterização morfológica, água, desenvolvimento vegetal, leguminosa.
Biometria de frutos e sementes, germinação e crescimento de angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) em diferentes condições de substrato e luminosidade
RODRIGUES, Ana Carolina da Cunha ; OSUNA, Juan Tomás Ayala . Biometria de frutos e sementes, germinação e crescimento de angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) em diferentes condições de substrato e luminosidade. Campinas: Revista Biota Neotropica, v. 6, n. 1, 2006. "Clique aqui"
Resumo: A maior parte da região Nordeste do Brasil é composta por dois importantes Biomas, a Caatinga e a Mata Atlântica, com características peculiares de clima e fisionomia, possuindo espécies vegetais de grande importância, muitas Fabaceae, que podem levar o Nordestino a superar melhor as dificuldades impostas tanto pela natureza quanto pelos impactos ambientais causados pelo próprio homem. Uma dessas espécies, pouco freqüente mas amplamente difundida pelo Brasil e países vizinhos, é conhecida por angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) – Fabaceae, Mimosoideae – que possui elevado potencial econômico sendo bastante utilizado como ornamental, medicinal, para o fornecimento de tanino, resina, madeira e mel, e devido a esse uso intenso aliado aos problemas de degradação ambiental, é considerado sob risco de extinção. Baseado nessas relevâncias apresentadas e tendo em vista os problemas de uso inadequado do solo, antropização, pobreza, entre outros ocorrentes no Nordeste, o presente trabalho objetivou desenvolver estudos comparativos, morfométricos, germinativos e de crescimento, de indivíduos procedentes de duas áreas climáticas distintas, para analisar se há diferenças morfológicas entre as populações e a variabilidade dentro delas também quando submetidas a condições de laboratório e de viveiro, com diferentes tipos de solos e luminosidades. Primeiramente frutos e sementes foram medidos e pesados e o teor de água feito em estufa a 60ºC durante 72 horas ou até que o peso fosse estabilizado. Para avaliar comparativamente a germinação, foram observados a porcentagem de germinação (%G), o tempo médio (t) e o índice de velocidade de germinação (IVG) em germinador a 30ºC ± 1 com 12 horas de luz e em viveiros com diferentes tipos de solos e luminosidades. Para avaliar o crescimento, mudas dessas duas populações foram colocadas em um arranjo Fatorial 2X5X3 estruturados em um Delineamento Inteiramente Casualizado e tiveram mensurados a altura da planta (cm), o número de folhas, diâmetro do caule (mm) e matéria seca (g). As médias dos frutos de Cruz das Almas e Tanquinho variaram, respectivamente, entre 21,64 e 17,73cm para comprimento, 1,86 e 1,70cm para largura, e 7,33 e 4,78g para massa. Para as sementes, as médias variaram entre 14,25 e 12,72mm, 13,75 e 10,20mm e 0,18 e 0,11g, respectivamente para comprimento, largura e massa procedentes de Cruz das Almas e
Tanquinho. Os graus de umidade se encontraram entre 6,92 e 8,14%. Para germinação, a luminosidade mais adequada é a de 30% de luz na areia. A população de Tanquinho se mostrou mais vigorosa podendo ser explicada como estrategicamente adaptada para rapidez de estabelecimento, aproveitando as condições favoráveis ao subseqüente desenvolvimento. Com relação ao crescimento, os diferentes tipos de solos e luminosidades utilizados interferiram significativamente, causando variações consideráveis nos caracteres mensurados e as diferentes procedências também se comportaram de maneira distinta. O solo 2 sob 30% de luz favoreceu maior crescimento em altura e maior número de folhas. O solo 2 a pleno sol favoreceu maior diâmetro do caule e os tratamentos mantidos nessa luminosidade apresentaram menor peso de matéria seca. Esses comportamentos diferenciados das mudas e as variações morfofisiológicas dos indivíduos das duas populações sugerem diferenças adaptativas de uma mesma espécie a diferentes condições climáticas dos hábitats em que ocorrem, contribuindo para o sucesso ecológico e evolutivo dessa espécie.
Palavras-chave: ecofisiologia, desenvolvimento, produção, adaptação.
Mudanças morfométricas em sementes na espécie Angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul) em diferentes condições ambientais
Resumo: A Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul é bastante utilizada como medicinal, ornamental, melífera, madeireira, forrageira, energética e tanífera, e devido à essa utilidade e aos processos de degradação ambiental está na lista das espécies ameaçadas de extinção. Assim, é necessário ampliar o conhecimento científico para possibilitar o uso sustentável, sua conservação e contribuir para estudos posteriores. Por isso, foram comparadas subamostras de 100 sementes de três populações localizadas nas cidades de Tanquinho, Cruz das Almas e Milagres, com diferentes tipos climáticos, visando verificar se há variação significativa de tamanho e peso das mesmas dentro e entre as populações. Os resultados mostraram que não há diferença significativa entre os comprimentos, larguras e pesos das sementes provenientes de Tanquinho e Milagres, pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. Já as sementes da população de Cruz das Almas possuem tamanho e peso maiores. Estas respostas sugerem diferentes adaptações de uma mesma espécie a diferentes condições climáticas, o que poderia influenciar no seu potencial de ocorrência e capacidade competitiva com outras espécies e com tipos de manejo.
4 comentários:
voces deveriam falar sobre a preparação de medicamentos,ou seja, o uso medicicinal da planta.
Olá anônimo, obrigada pela visita e pela postagem.
Esses são alguns dos trabalhos desenvolvidos e publicados em revistas científicas. Espero em breve estar postando alguns novos trabalhos da equipe.
O uso medicinal de plantas deve ser feito com todo o cuidado. Não é porque é natural que não fará mal, mas estamos preparando um manual, com uso popular de algumas plantas e terei muito prazer em divulgá-lo aqui no blog.
Abraços!
Poderiam me ajudar por favor... eu e meu grupo de faculdade estamos organizando um seminario sobre: conquista do ambiente terrestre pelas plantas...dando um enfoque em Briophyta... já que é o registro mais antigo de planta da biosfera... 400 400 my... qualquer ajuda é muito bem vinda...se souberem de algum artigo bom que fale de todas as adaptações que as plantas tiveram que sofrer...seria ótimo... me chamo Rochele Rosa... contato: rochele.lourdes@acadpucrs.br
Oi Rochele, seja bem-vinda ao blog, fique à vontade para fazer comentários e enviar solicitações. Não esqueça de se tornar um membro para receber por e-mail as novidades. Vc tb pode participar enviando materiais para publicação, seus direitos autorais serão mantidos.
Te adicionei ao e-mail e enviarei alguns materiais de vez em qdo, notícias e chamadas sobre reportagens, atividades e cursos na área.
Qual a bibliografia disponível na sua biblioteca sobre briófitas? Um livro básico é o Raven, que diferencia os grupos e aborda um pouco sobre evolução, mas a depender do que vc tem disponível aí, pode e deve usar materiais mais específicos.
Qualquer dúvida é só falar.
Abraços.
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