O embrião na semente do cacau (Theobroma cacao L.) |
Quando uma sementes germina, ninguém imagina a força e a luta que aquele serzinho faz pra resistir às condições ambientais, muitas vezes adversa pra ele, tão frágil, para sobreviver e se desenvolver.
Temos a germinação como a retomada do crescimento do embrião. Após a fecundação, o zigoto se desenvolve em embrião, os tegumentos do óvulo se desenvolvem nos tegumentos da semente e o ovário em fruto. Isso, é claro, quando falamos de angiospermas. Dentro da semente o embrião fica quietinho, com o metabolismo extremamente reduzido. É claro que existem inúmeros processos envolvidos, vários detalhes que vou comentar aos poucos em outras postagens mas a primeira etapa que envolve a germinação é o processo de embebição da semente.
A água é o meio onde todas as reações metabólicas acontecem, a semente aumenta em tamanho, os tecidos se reidratam, os açúcares começam a ser quebrados, compostos orgânicos começam a ser sintetizados, as células começam a se dividir para se desenvolver e formar os tecidos. O que é uma célula? É a unidade básica de todo ser. Grupos de células que desempenham a mesma função formam os sistemas de tecidos. Por que falamos em sistemas de tecidos? Por que na verdade não encontramos um tecido essencialmente puro, formado por apenas um tipo de célula.
Quando esse embriãoznho frágil começa a germinar, o primeiro órgão a emergir é a radícula. Uma pequena raiz já existente no embrião sai da semente e penetra no solo, para fazer a fixação ao substrato e absorver água e nutrientes em solução no solo. Logo após ou ao mesmo tempo, o caulículo começa a sair, emitindo os cotilédones, seguido do ápice caulinar propriamente dito. Aí sim vemos aquele verdinho saindo acima do solo, que recebe luz e começa a fotossintetizar, a produzir seus compostos orgânicos, seu "alimento". Inicialmente a muda tem uma característica peculiar, não possui a forma característica da espécie, que vai mudando aos poucos, resistindo e sobrevivendo às condições ambientais. Inicialmente o crescimento primário, ou seja, crescimento em altura, seguido do crescimento secundário, em espessura, até formar organismos tão grandes quanto prédios. É a mãe natureza produzindo seus filhos, pequenos gigantes, sobreviventes nesse mundo em que o homem animal consome com toda fome.
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