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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A conquista do meio terrestre pelas plantas.

Imagina viver num ambiente aquático, onde tudo é mais fácil e acaba ficando lotado. As plantas começaram a avançar no ambiente terrestre e passaram a ter que enfrentar alguns problemas, afinal não se faz uma transição dessas da noite pro dia e muitos que tentaram acabaram extintos.
Foto de plantas ruderais
Na água, as plantas obtinham seus nutrientes em forma de soluções, que eram absorvidas por seu corpo quase por inteiro, não tinham preocupações com desidratação, remoção de resíduos metabólicos, seus esporos reprodutivos eram soltos diretamente na água, que servia de agente transportador, além de servir na proteção contra choques.
Quando começaram a transitar para a terra, tinham que enfrentar os problemas de dessecamento revestindo a parte aérea com uma cutícula impermeável (ou quase impermeável, pois a cutícula pode deixar passar até cerca de 5% de água). Também eram necessárias adaptações para o transporte dos esporos por outro agente, o vento. Tinham que ter um corpo ereto, para competir com sucesso pela luz e com isso a necessidade de ter um corpo rígido. E o que fazer com os produtos de excreção? Glândulas pra eles! Não havia fácil suprimento de alimento (água e minerais), portanto tinham que vir por meio do solo e serem transportados para as outras partes do corpo (daí a necessidade dos vasos condutores, inicialmente rudimentais, mais simples, e depois os vasos que conhecemos das plantas superiores).

Corte transversal de pecíolo
obtido em aula prática de anatomia vegetal
Lâmina feita na aula de anatomia vegetal
corte transversal de folha

Há a hipótese de que as algas verdes precisariam de adaptações para viver em seu próprio ambiente devido a secas estacionais que baixavam muito o nível de água em alguns locais e ainda naqueles que secavam completamente. Para plantas que viviam em locais sujeitos a secas estacionais era importante que tivessem um corpo mais ereto e rígido (também para competir com a luz solar e para sobreviver com níveis de água cada vez mais decrescentes), partes aéreas impermeáveis (cutículas) para reduzir o dessecamento, esporos revestidos para continuar a espécie caso a seca se agravasse, e transportáveis pelo vento pois poderiam ser levados a regiões em que a seca não fosse tão rigorosa e a espécie podia sobreviver próximo da água.
Um cientista chamado Lignier propôs a seguinte hipótese: se os ancestrais dos vegetais terrestres foram algas verdes, então esperaríamos que o corpo das primeiras plantas fossem semelhantes ao das algas, constituído por um eixo delgado, verde e ramificado. Imaginava que os primeiros vegetais dotados de uma ancoragem subterrânea e sistema de absorção que não passavam de meras porções ligeiramente modificadas do eixo principal do corpo, cuja estrutura interna era pouco diferente da estrutura da porção aérea. Apesar de não serem aceitas como sendo os ancestrais das plantas vasculares atuais, a descoberta de alguns gêneros de plantas servem como modelo para o estádio inicial de desenvolvimento do corpo vegetal, estádio pelo qual devem ter passado os ancestrais de cada uma das diversas linhas evolutivas de plantas vasculares.
São bastante parecidas com as algas, isso mostra um desenvolvimento a caminho da evolução para a vida terrestre pelo qual devem ter passado os ancestrais dos vegetais vasculares atuais. Mostra a evolução do xilema, formação de folhas (como na Baragwanathia), corpo ereto e revestido de cutícula.
Mas quais os ganhos evolutivos dessa transição toda? As briófitas ainda são completamente dependentes de um habitat úmido para sobrevivência do gametófito (que é sua fase dominante) e fertilização eficiente (esporos transportados pelo vento). Nas pteridófitas o gametófito fotossintetizante passou a ser independente do esporófito mas ainda dependem da água (na Selaginella a germinação e desenvolvimento do gametófito feminino dentro do megásporo com alimento evidencia uma forma de proteção). As gimnospermas aumentam o volume de xilema, não precisam de umidade, o núcleo do anterozóide é levado até a oosfera pela formação do tudo polínico, o gametófito feminino fica retido no esporófito que o produziu, a oosfera fertilizada conta com maior proteção em seus estádios iniciais de desenvolvimento, o embrião fica protegido pela formação da semente. As angiospermas são o grupo mais evoluído e em maior diversidade, visto os inúmeros ambientes em que são encontradas. Aqui a semente fica protegida pelo fruto, que também serve muitas vezes como agente dispersor ou facilitador da dispersão pela sua forma ou por atrair outros agentes.

5 comentários:

Que pena...no que vc pensou?
Ajude a melhorar o blog!
Abraços.

Carol, eu queria saber as características que possibilitaram os vegetais a conquistar o ambiente terrestre :* responde rapidin! KKKK #carolintteligent.

eu quero saber qual e as estruturas que foram mais importante na conquistardo ambiente terrestre???

Bom pessoal, respondendo as dúvidas de Ágatha e anônimo, existem várias estruturas que possibilitaram a transição das plantas do meio aquático para o terrestre, dentre elas está a cutícula. Uma camada de espessura variável, composta por uma substância cerosa que reduz muito a perda de água para a atmosfera.

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