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Não ser Perfeita

Não ser perfeita e ser inacreditavelmente ideal fazem parte do processo de transformação por algo que acreditamos ser melhor – ensino, pesquisa e extensão – sejam bem vindos à Botânica: do Hobby à Profissão.

E ser inacreditavelmente ideal

Hobby – atividade de entretenimento, passatempo, mania.

Faz parte do processo de Transformação

Atividade de extensão desenvolvida no Caps II, em Vitória da Conquista, com alunos de biotecnologia e farmácia da UFBA, usuários e funcionários.

Pesquisa e Luta

Plantas medicinais, plantas que curam, o remédio que vem da natureza. Eficácia no tratamento de vários sintomas e doenças também requer cuidados no seu uso. O natural pode fazer mal.

Por algo que acreditamos ser melhor

Alimentos funcionais – a saúde na mesa de forma barata e prática.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O papel do professor, inclusive de botânica.


Pingue-Pongue – O professor deve ser aquele que instiga

Não é preciso contar com engenhocas tecnológicas em sala de aula para formar cidadãos do novo milênio. Até debaixo de uma árvore, sem quadro negro ou carteiras, o professor troca a transmissão de informações pelo papel de provocador no processo de construção de conhecimento pelo alunado. Não é uma proposta mágica, mas tem dado certo, conforme Marco Silva, sociólogo e doutor em educação pela Universidade de São Paulo entrevistado pelo Correio da Bahia. Autor do livro Sala de aula interativa (Rio de Janeiro: Editora Quartet), com segunda edição lançada no mês passado em Salvador, o professor diz que não basta universalizar o acesso à escola para solucionar o problema da educação no país, critica a progressão continuada e avaliações como o vestibular e diz que o professorado não está preparado para esta nova escola. Leia a seguir o resultado de duas horas de bate-papo.

Correio da Bahia - O senhor acaba de lançar a segunda edição do livro Sala de aula interativa, em Salvador. O que o senhor chama de sala interativa?

Marco Silva - É aquela que foge ao modelo que, segundo Pierre Lévy - o filósofo da internet -, funciona há cinco mil anos centrado no mesmo paradigma da transmissão no falar, no ditar do mestre. Mesmo com televisor ou computador, o professor adota sempre o paradigma da transmissão. A sala de aula que proponho é aquela onde o professor, o aluno, as tecnologias, os conteúdos estarão todos em movimento interativo. Nela, não existe mais a transmissão fechada, de conteúdo fechado, de livro didático fechado. Convoca-se o aluno para criar conhecimento.

CB - Então, a proposta do senhor utiliza o pilar do famoso construtivismo - a construção do conhecimento pelo aluno?

MS - A sala de aula interativa vai além disso porque, enquanto o construtivismo não investe numa teoria da comunicação, a interatividade proposta por mim é necessariamente teoria da comunicação. O construtivismo propõe um salto de qualidade, mas peca porque não tem investimento em comunicação. Venho trazer esse investimento.

CB - Qual o papel do professor neste cenário?

MS - Ele é o provocador, arquiteto de percurso, proponente de uma idéia ou provocação. O professor deve ser aquele que instiga à comunicação e ao conhecimento, deve ser diferente daquele que a gente conhece como vítima dele (que transmite informações, reproduz o discurso dos livros). O aluno de uma sala de aula interativa lança mão das informações disponibilizadas para criar o próprio conhecimento.

CB - A gente ainda não tem um aluno formado por este novo modelo. Qual será a vantagem do estudante submetido a esta proposta interativa, em relação aos demais?

MS - Desde o século XVIII, se diz que a escola é local privilegiado para formar cidadão. No entanto, neste antigo modelo, a transmissão já pressupõe o estudante passivo. Há uma contradição enorme. Como eu vou formar um sujeito ativo, comunicativo, participativo, que fala e se posiciona, se ele é um aluno travado numa carteira e com um professor que tem a fala e distribui a informação? A sala de aula interativa é como um site. A sala de aula tradicional e a TV utilizam o mesmo paradigma de transmissão de informação para a massa. A TV é um espaço de transmissão, enquanto o site permite adentramento e manipulação, pressupõe um sujeito ativo. A perspectiva da interatividade está muito mais próximo da formação do cidadão, do sujeito ativo, capaz de falar.

CB - Todos os conteúdos podem ser trabalhados nesta nova perspectiva?

MS - Sem exceção. Já há professores em Salvador que ensinam matemática e não ficam simplesmente ditando fórmulas. Eles provocam os alunos a exercitar a produção de fórmulas, a chegar ao conceito com atividades práticas. Colocam a situação e o aluno sai da cadeira dele como se a sala fosse uma oficina de trabalho.

[...]

CB - O estudante está preparado para este novo modelo?

MS - As novas gerações já vêm se acostumando com videogame e controle remoto há algum tempo. Chega o momento em que elas se deparam com o mouse, numa progressão onde o sujeito se torna cada vez mais operativo. Com o mouse, pode-se adentrar à tela. Isso tudo gera a necessidade de uma sala de aula que possa contemplar esse sujeito ativo ou interativo. A interatividade já convoca a articulação emissão-recepção na construção do conhecimento e da própria comunicação.

[...]

Fonte
CELESTINO, Mônica. Pingue-Pongue: o professor deve ser aquele que instiga. [S.l.: s.n.].

O papel do professor, inclusive de botânica.


Pingue-Pongue – O professor deve ser aquele que instiga

Não é preciso contar com engenhocas tecnológicas em sala de aula para formar cidadãos do novo milênio. Até debaixo de uma árvore, sem quadro negro ou carteiras, o professor troca a transmissão de informações pelo papel de provocador no processo de construção de conhecimento pelo alunado. Não é uma proposta mágica, mas tem dado certo, conforme Marco Silva, sociólogo e doutor em educação pela Universidade de São Paulo entrevistado pelo Correio da Bahia. Autor do livro Sala de aula interativa (Rio de Janeiro: Editora Quartet), com segunda edição lançada no mês passado em Salvador, o professor diz que não basta universalizar o acesso à escola para solucionar o problema da educação no país, critica a progressão continuada e avaliações como o vestibular e diz que o professorado não está preparado para esta nova escola. Leia a seguir o resultado de duas horas de bate-papo.

Correio da Bahia - O senhor acaba de lançar a segunda edição do livro Sala de aula interativa, em Salvador. O que o senhor chama de sala interativa?

Marco Silva - É aquela que foge ao modelo que, segundo Pierre Lévy - o filósofo da internet -, funciona há cinco mil anos centrado no mesmo paradigma da transmissão no falar, no ditar do mestre. Mesmo com televisor ou computador, o professor adota sempre o paradigma da transmissão. A sala de aula que proponho é aquela onde o professor, o aluno, as tecnologias, os conteúdos estarão todos em movimento interativo. Nela, não existe mais a transmissão fechada, de conteúdo fechado, de livro didático fechado. Convoca-se o aluno para criar conhecimento.

CB - Então, a proposta do senhor utiliza o pilar do famoso construtivismo - a construção do conhecimento pelo aluno?

MS - A sala de aula interativa vai além disso porque, enquanto o construtivismo não investe numa teoria da comunicação, a interatividade proposta por mim é necessariamente teoria da comunicação. O construtivismo propõe um salto de qualidade, mas peca porque não tem investimento em comunicação. Venho trazer esse investimento.

CB - Qual o papel do professor neste cenário?

MS - Ele é o provocador, arquiteto de percurso, proponente de uma idéia ou provocação. O professor deve ser aquele que instiga à comunicação e ao conhecimento, deve ser diferente daquele que a gente conhece como vítima dele (que transmite informações, reproduz o discurso dos livros). O aluno de uma sala de aula interativa lança mão das informações disponibilizadas para criar o próprio conhecimento.

CB - A gente ainda não tem um aluno formado por este novo modelo. Qual será a vantagem do estudante submetido a esta proposta interativa, em relação aos demais?

MS - Desde o século XVIII, se diz que a escola é local privilegiado para formar cidadão. No entanto, neste antigo modelo, a transmissão já pressupõe o estudante passivo. Há uma contradição enorme. Como eu vou formar um sujeito ativo, comunicativo, participativo, que fala e se posiciona, se ele é um aluno travado numa carteira e com um professor que tem a fala e distribui a informação? A sala de aula interativa é como um site. A sala de aula tradicional e a TV utilizam o mesmo paradigma de transmissão de informação para a massa. A TV é um espaço de transmissão, enquanto o site permite adentramento e manipulação, pressupõe um sujeito ativo. A perspectiva da interatividade está muito mais próximo da formação do cidadão, do sujeito ativo, capaz de falar.

CB - Todos os conteúdos podem ser trabalhados nesta nova perspectiva?

MS - Sem exceção. Já há professores em Salvador que ensinam matemática e não ficam simplesmente ditando fórmulas. Eles provocam os alunos a exercitar a produção de fórmulas, a chegar ao conceito com atividades práticas. Colocam a situação e o aluno sai da cadeira dele como se a sala fosse uma oficina de trabalho.

[...]

CB - O estudante está preparado para este novo modelo?

MS - As novas gerações já vêm se acostumando com videogame e controle remoto há algum tempo. Chega o momento em que elas se deparam com o mouse, numa progressão onde o sujeito se torna cada vez mais operativo. Com o mouse, pode-se adentrar à tela. Isso tudo gera a necessidade de uma sala de aula que possa contemplar esse sujeito ativo ou interativo. A interatividade já convoca a articulação emissão-recepção na construção do conhecimento e da própria comunicação.

[...]

Fonte
CELESTINO, Mônica. Pingue-Pongue: o professor deve ser aquele que instiga. [S.l.: s.n.].

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sobre aprender.


Teorias de aprendizagem


Fonte
WAAL, Paula de; TELLES, Marcos. Teorias de aprendizagem. In:______. Epistemologia, Teorias da Aprendizagem e Projeto Instrucional. Disponível em: <http://www.dynamiclab.com/moodle/mod/forum/discuss.php?d=438>. Acesso em: 22 ago. 2008.

Atividade educativa sobre botânica, realizada em escolas
 públicas de Vitória da Conquista - BA - Projeto de Extensão - Permanecer 2012

As Teorias da Aprendizagem descrevem a forma pela qual uma pessoa aprende o que as torna intimamente ligadas aos conceitos propostos pela epistemologia. É, pois, impossível compreender plenamente uma teoria de aprendizagem sem entender os pressupostos epistemológicos na qual ela se baseia.

Nesse campo, das 3 correntes mais freqüentemente mencionadas, 2 têm bases epistemológicas realistas (behaviorismo e cognitivismo) e 1 tem base idealista (construtivismo).

É comum, aí, apresentar-se behaviorismo e construtivismo como os extremos entre os quais se situam outras correntes. Note-se, contudo, que é preciso analisar esse tipo de relação com grande cuidado, pois nem sempre ela é claramente definida. Piaget, por exemplo, dizia que o conhecimento é construído pelo indivíduo, mas não repudiava a idéia de que a realidade existe fora do indivíduo.

Uma idéia bastante aceita é aquela de que nenhuma teoria é a mais adequada para todas as situações de aprendizagem. Assim, há correntes atuais que sugerem o aproveitamento daquilo que de melhor cada teoria tenha a oferecer e a identificação de onde e quando isso deva ser aplicado, respeitadas as bases conceituais de cada uma.

Behaviorismo (ligado ao realismo)

Para o Behaviorismo, a aprendizagem é a aquisição de novos comportamentos que se manifestam num quadro de respostas específicas a estímulos também específicos. Sua ênfase está colocada nos comportamentos observáveis sem preocupação com os processos mentais subjacentes; o que acontece na mente é visto com uma "caixa preta". A posição do indivíduo que aprende é, meramente, passiva (resposta a estímulos).

Para facilitar a aprendizagem, deve-se criar os estímulos e oferecer reforços adequados.

Cognitivismo (ligado ao realismo)

O cognitivismo entende que a aprendizagem ocorre através de um processo no qual as novas informações recebidas são relacionadas com informações já existentes na mente do aprendedor e só depois disso são gravadas na memória. Assim, o que for gravado na memória será muito influenciado por aquilo que já existia na memória.

Mesmo aceitando várias idéias do behaviorismo, o cognitivismo procura abrir a "caixa preta" dos processos mentais, subjacentes à aprendizagem, pelos quais a mente adquire e reorganiza suas estruturas cognitivas. Por outro lado, novos comportamentos são aqui vistos apenas como indicadores dos resultados da aprendizagem.

Modelos mentais, schemata e memória de três estágios são temas importantes para o cognitivismo

Para facilitar a aprendizagem deve-se, sobretudo, oferecer apoio ao processo de ligação da nova informação com a informação já existente na memória.

Construtivismo (ligado ao idealismo)

Para o construtivismo, a aprendizagem é um processo pelo qual o indivíduo constrói o conhecimento. Isso significa que o indivíduo é um agente ativo de sua aprendizagem que resulta em sua própria transformação como indivíduo; ele não transfere o conhecimento externo para sua memória mas, sim, ele cria interpretações do mundo baseadas em sua experiência anterior e suas inter-relações com outras pessoas.

Condições externas favoráveis, criadas no ambiente de aprendizagem, facilitam o processo.

É importante notar que o fato de várias teorias serem classificad[a]s como construtivistas não significa que não haja sérias diferenças entre elas. Esse é o caso, por exemplo, das notórias divergências existentes entre dois expoentes do construtivismo: Piaget e Vygotsky.

De outra parte, nem sempre é simples ligar nomes a teorias; muitos autores, por exemplo, destacam as contribuições de Piaget e Vygotsky ao cognitivismo.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Teorias educacionais


Teorias educacionais - um quadro comparativo

 Fonte

TAVARES, Orivaldo de Lira. Teorias educacionais - um quadro comparativo. Disponível em: <http://www.inf.ufes.br/~tavares/trab2.html>. Acesso em: 06 mar. 2006.

Autor da Teoria
Skinner, B. F.

SKINNER, B.F. (1950). Are theories of learning necessary? Psychological Review, 57(4), 193-216.
Base
O ser humano resulta de uma combinação de sua herança genética e das experiências que ele adquire na interação com o seu ambiente. Segundo Skinner, o fator mais importante no condicionamento operante não são os estímulos que antecedem às respostas, mas sim os estímulos que as reforçam. Memorização.
Críticas
O método da descoberta, sem dúvida, traz elementos reforçadores e tem conseqüências benéficas na aprendizagem e retenção. Entretanto, o método de descoberta não é uma solução para os problemas da educação, tendo em vista o fato de uma cultura ser tão forte quanto a sua capacidade de se autotransmitir, e de que é isso que a educação foi instituída.

"É quase impossível ao estudante descobrir por si mesmo qualquer parte substancial da sabedoria de sua cultura, e nenhuma filosofia da educação propõe isso como sistema".
Data
Máquina de ensinar – 1950

Autor da Teoria
Bruner, Jerome S.

Teoria do Construtivismo

BRUNER, J. (1960). The Process of Education. Cambridge, MA: Harvard University Press.
Base
Estudo com crianças, muito da teoria é ligada a pesquisa de desenvolvimento de criança (especialmente Piaget). Bruner enfatiza a aprendizagem por descoberta, ele está mais preocupado em induzir uma participação ativa do aprendiz no processo de aprendizagem. Para a criança aprender deve haver situações de desafio que a levem a resolver problemas.

Usar da fase de desenvolvimento da criança para fazê-la aprender:

Fase 1 - Enativa (movimento, respostas motoras);

Fase 2 - Icônica (percepção do ambiente e formação de modelos);

Fase 3 - Simbólica (ordena e organiza as imagens com historicidade); Bruner acredita que a solução de muitas questões depende de uma situação ambiental que se apresente como um desafio à inteligência do aprendiz, levando-o a resolver problemas, promovendo a transferência da aprendizagem. Aplicação dos conhecimentos adquiridos a uma nova situação.
Críticas
Não é necessário memorizar e sim descobrir desde que o objetivo final da aprendizagem seja a descoberta. A única maneira de aprender a heurística da descoberta é através do exercício da solução de problemas e do esforço de descobrir.
Data
1960

Autor da Teoria
Ausubel, D. P.
Base
Aprendizagem de conteúdo verbal com sentido, aquisição e retenção de conhecimentos de maneira "significativa".

O resultado é tão eficaz quanto a aprendizagem por "descoberta", mais efetivos por economizarem tempo do aprendiz e serem mais tecnicamente organizados.

Ausubel se preocupa mais no processo de instrução com a apresentação de conteúdo com sentido, do que com os processos cognitivos do aprendiz. A programação de matérias deve ser feita por meio de uma série hierárquica (em ordem crescente de inclusão), com cada organizador avançado precedendo sua correspondente unidade.
Críticas
Oposto à matéria sem sentido, decorada ou aprendizagem mecânica (tal como memorização de pares associados ou sílabas sem sentido). Oposto a aprendizagem por descoberta, aprendizagem do conteúdo e a estrutura do material são estabelecidos pelo professor ou responsável pela instrução.
Data
1963

Autor da Teoria
Gagné , Robert M.

Em Gagne (1962), atenção especial foi dada para valores de treinamento militares.
Base
"Aprendizagem é um processo que permite a organismos vivos modificarem seus comportamentos de maneira bastante rápida e de modo mais ou menos permanente. "Esta teoria estipula que há vários tipos diferentes ou níveis de aprendizagem. O significativo destas classificações é aqueles tipos diferentes de aprendizagem que requer tipos diferentes de instrução. Gagne identifica cinco categorias maiores de aprendizagem:
•informação verbal;
•habilidades intelectuais;
•estratégias do cognitivo;
•habilidade motora; e,
•atitudes.

Não basta ver o comportamento do aprendiz, porém analisar o processo de aprendizagem (modelo de aprendizagem e memória).
Críticas
Posição oposta à de Piaget no sentido em que exclui da categoria aprendizagem as mudanças resultantes do crescimento de estruturas internas. Por exemplo, há mudança de comportamento quando uma criança faz um uso melhor de seus olhos devido ao desenvolvimento da coordenação muscular. Esse fato é atribuído à maturação. O sistema nervoso não substitui a mente no processo de aprendizagem (crítica a Skiner). Insight não é aprendizagem, é transferência de conhecimento (crítica a Bruner).
Data
1962

Autor da Teoria
Papert, Seymour

Construcionismo

PAPERT, S. (1980). Mindstorms - Children, computers and powerful ideas. Brighton, Sussex; Harvester Press.
Base
Construcionismo é baseado em dois sentidos diferentes de "construção." Isto é baseado na idéia de que pessoas aprendem por estar ativamente construindo novo conhecimento, não por ter informação "enfiada" dentro suas cabeças. Outrossim, construcionismo afirma que aquelas pessoas aprendem com eficácia particular quando elas estão empenhadas em "construir" pessoalmente artefatos significativos (tal como programas de computador, animações, ou robôs). Aprendendo Como para Pensar Um caminho para mudar o jogo (ensino) está em implementar o inovativo ensinando estratégias. Papert dá exemplos de por quê isto é necessário para mudar o estilo corrente para aumentar aprendizagem nas escolas. Correntemente, aprendizagem importante acontece fora dos muros de escola. Nenéns aprendem andar, crianças aprendem jogos de vídeo intricados, todo sem o formal ensino de escola. Lá é um caminho que nós estamos ensinando o currículo requerido diferentemente assim a velocidade de aquisição, podia casar a velocidade com que pessoas aprendem no exterior com a sala de aula? (Papert, 1993) Logo - a linguagem LOGO foi desenvolvida segundo a visão piagetiana de construção do conhecimento e seu uso enfatiza, em termos de desenvolvimento intelectual, a importância do estímulo ao pensamento procedural e do formalismo requerido pelas linguagens de programação.Micromundo
Críticas
-
Data
LOGO 1980

Autor da Teoria
Paulo Freire

Paulo Freire, Pedagogy of the Opressed. New York: Continuum 1970
Base
A pedagogia da liberdade, exemplificando seu trabalho na América do Sul, procurando estar pronto a aceitação em muitas bases comunitárias, educador popular que organizava ensino para adultos de fora fundar escolas e instituições. Para tal educadores, critica o ensino tradicional validando suas próprias conclusões que a escola fazia parte do problema, contribuindo para a marginalização de minorias e do pobre. Educação para libertação, na visão de Freire, a vontade de desafiar o "giveness" do mundo e habilitar aprender para refletir sobre suas historicamente experiências, apanhando sua realidade imediata e iniciando, a presente, e , mais importante, o futuro. Isto acordaria a vontade do adulto aprender a expectativa de mudar , a força qual, uma vez acordado, procuraria reunir expressões, transformando em ação social.Freire via da educação, aprendizado para levar controle e realizar poder não são objetivos individual.
Críticas
Critica o ensino tradicional validando suas próprias conclusões que a escola fazia parte do problema, contribuindo para a marginalização de minorias e do pobre.
Data
1970

Autor da Teoria
Piaget, J.

Piaget, J. (1929). The Child's Conception of the World. NY: Harcourt, Brace Jovanovich.
Base
O estudo de Piaget de mais de seis décadas e que teve como centro o desenvolvimento da criança, o conceito de estrutura cognitiva é o centro da sua teoria.Princípios:Há quatro estruturas do cognitivo primário: Sensomotor, (0-2 anos)préoperações, (3-7 anos) operações concretas, (8-11 anos)e operações formais, (12-15 anos). Ele vê o professor como facilitador de conhecimento - eles estão lá para guiar e estimulam os estudantes. Permitir a crianças cometer erros e aprendem de eles. Aprendizagem é muita mais significativa se é permitida a criança experimentar sem a interferência de professor.
Críticas
-
Data
1929

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O ser docente.


Nos caminhos da docência: tecendo os fios


Fonte
ISAIA, Silvia Maria de Aguiar; BOLZAN, Doris Pires Vargas. Formação do professor do ensino superior: um processo que se aprende? Centro de educação. Santa Maria, v.29, n.2.


[...]

Na medida em que partimos do pressuposto de que não existe preparação específica prévia para ser professor do ensino superior, entendemos que a docência instaura-se ao longo de um percurso que engloba de forma integrada as idéias de trajetória e de formação, consubstanciadas no que costumamos denominar de trajetórias de formação, nas quais as idéias de conhecimento pedagógico compartilhado e redes de interações são imprescindíveis.

De modo geral, as trajetórias representam porções de tempo que vão se sucedendo ao longo da vida dos professores, simbolizando a explicitação temporal das mesmas. Elas envolvem um intricado processo, englobando fases da vida e da profissão. Compreendem não apenas o percurso individual de um professor ou grupo, mas uma rede formada por uma multiplicidade de gerações entrelaçadas em uma mesma duração histórica (ORTEGA Y GASSET, 1970; ISAIA, 2001, 2003a, 2003b, 2003c). Assim, acreditamos que obteremos um avanço sobre as questões formativas, à medida que buscarmos compreender as relações recíprocas existentes entre o domínio do saber (conhecimento científico) e o domínio do saber fazer (conhecimento prático), tendo como horizonte o entrelaçamento das trajetórias docentes desses sujeitos.

Estas relações implicam um processo sistemático, organizado e auto-reflexivo, envolvendo os percursos que vão desde a formação inicial, abarcando o exercício continuado da docência nos diversos espaços institucionais em que se desenrola. Orienta-se para a constante apropriação de conhecimentos/saberes/fazeres próprios a área de atuação de cada profissão, bem como do modo de mediar essa apropriação aos alunos. Assim, na medida em que os professores formam, também se formam, ou seja, constituem-se como docentes (ISAIA, 2003 a). Esse processo de reflexão crítica, feito individualmente ou em grupo, pode tornar conscientes os modelos teóricos e epistemológicos que se evidenciam na sua atuação profissional e, ao mesmo tempo, favorecer a comparação dos resultados de sua proposta de trabalho com as teorias pedagógicas e epistemológicas mais formalizadas.

Em termos de carreira docente, os professores, induzidos pelas exigências da academia e seus órgãos reguladores, consideram que a docência depende da sua qualificação como pesquisadores, oferecida pelos cursos de Pós-Graduação stricto senso, bem como por sua produção científica.

Nessa perspectiva, a pesquisa é priorizada no contexto do ensino superior, principalmente nas universidades públicas, sendo o ensino pouco valorizado, entendido como secundário, envolvido apenas com a transmissão de conhecimentos (SANTOS, 1997; CUNHA, 2001). A dicotomia entre estas duas instâncias pode levar a uma ruptura entre ser professor e ser pesquisador. Não se trata, contudo, em optar por uma função em detrimento de outra e sim de integrá-las na prática pedagógica universitária. Além de produzir sobre uma área específica de conhecimento, cabe ao docente produzir sobre como ser professor.

Esse processo envolve o pensamento do professor e suas formas de conceber e desenvolver a docência. Logo, é relevante explicitar como este sistema de concepções pessoais se desdobra, transformando-se em conhecimento compartilhado.

Esse processo de transformação implica na apropriação dos conhecimentos prévios dos professores, conhecimentos pedagógicos apreendidos na formação e sua relação com a prática pedagógica (o conhecimento da prática, tanto quanto o conhecimento mediado pela prática) desenvolvida no cotidiano das IES. Há uma interação dialética entre esses conhecimentos que se referem a uma compreensão mais profunda do que pode ser considerada a base da competência do indivíduo num domínio específico.

[...]

Desse modo, podemos dizer que, à medida que estes professores discutem sobre seus fazeres docentes, explicitando suas concepções acerca do processo de ensinar e de aprender, deixam evidente a busca de um caminho de indagação, demonstram a direção escolhida e, conseqüentemente, uma postura reflexiva acerca de seus saberes e fazeres pedagógicos, contribuindo para sua formação.

Assim, ao longo da carreira, os professores vão se formando e se (trans) formando, tendo presentes as demandas da vida e da profissão.

[...]

Nesta perspectiva, as formas de organização pedagógica e sua relação com as ações do professor constituem o conhecimento pedagógico que pode ser entendido por, pelo menos, duas vias: a orientação pedagógica compreendida aqui como um conjunto de formas de intervenção didática, desenvolvidas pelos professores na prática cotidiana, a partir de seus conhecimentos sobre a matéria a ser desenvolvida e o modo de ensiná-la e o papel do professor que tem implicação direta na forma de apropriação da sua função de mediador e organizador das situações de ensino. (PÉREZ GÓMEZ, 1990; MOLL, 1996, BOLZAN, 2001, 2002a, 2002b)

Logo, consideramos que as trajetórias pessoais e profissionais são fatores definidores dos modos de atuação do professor, revelando suas concepções sobre o seu fazer pedagógico. A construção do papel de ser professor é coletiva, se faz na prática de sala de aula e no exercício de atuação cotidiana seja na escola seja na universidade. É uma conquista social, compartilhada, pois implica em trocas e representações. Assim, as formas mais úteis de representação das idéias, as analogias, ilustrações, exemplos, explicações e demonstrações, a maneira de representar e formular a matéria, para torná-la compreensível, revela a compreensão do processo de ensinar e de aprender pelo professor. O domínio desses aspectos é fundamental na construção do conhecimento pedagógico pelo professor.

[...]

O que os docentes pensam sobre ensinar e aprender está relacionado às suas experiências e a sua formação profissional, o que exige que pensemos sobre quem ensina e quem aprende no processo de formação.

As crenças e concepções teóricas implícitas que os professores têm acerca de seu fazer pedagógico podem sinalizar a maneira como eles processam as informações e como percebem as formas de intervenção didática, como marco de referência para sua prática, construindo seu conhecimento pedagógico de forma compartilhada.

Esse conhecimento pedagógico é um conceito base, por tratar-se de um conhecimento amplo, implicando no domínio do saber fazer (estratégias pedagógicas) e do saber teórico e conceitual e suas relações (MARCELO, 1999, 1997).

Nesse sentido, compreender o processo de construção de conhecimento pedagógico compartilhado é tão fundamental, quanto compreender o aprender a aprender, o que equivale a ser capaz de realizar aprendizagens, em diferentes situações e contextos que favoreçam a aquisição de estratégias cognitivas, considerando-se as condições individuais de cada sujeito na sua interação com pares. Esse processo implica em trocas cognitivas e socioculturais entre ensinantes/aprendentes, sendo possível destacar-se condições a serem levadas em conta pelos professores, ao longo de suas trajetórias de formação.

[...]

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Órgãos vegetais em massa de biscuit


Uma maneira ótima de dar aula e fazer uma mudança na metodologia de ensino é produzir órgãos vegetais e até mesmo vegetais inteiros em massa de biscuit, durepox ou massa de modelar. O biscuit é uma forma bastante didática para auxiliar nas aulas, podendo ser manuseada pelo aluno e, no entanto raramente irá se desgastar ou danificar com facilidade. Só precisa de um bom manuseio e mesclar a atividade com oficina de arte é uma excelente ideia. Essa receitinha usada pelos bolsistas Rodinê Júnior e Jessyca Luana podem ajudar. Para produzir a massa você usará tais materiais:

 
·                         2 xícaras (chá) de cola branca;
·                         2 xícaras (chá) de amido de milho;
·                         1 colheres (sopa) de vinagre branco ou limão;
·                         2 colheres (sopa) de vaselina líquida;
·                         Creme hidratante sem silicone.

Precisará também de:

·                         Uma tigela de vidro grande; 
·                         uma colher de madeira;
·                         forno de micro-ondas.
·                         uma superfície lisa;
·                         uma embalagem plástica ou papel filme;

 Existem algumas massas que não precisam de microondas nem de fogão, você pode buscar facilmente em vários sites da internet como este aqui, bem legal: 


Passo-a-passo:

·                 Coloque na tigela de vidro a cola, a vaselina líquida e o amido de milho e comece a mexer.
·                Adicione o vinagre branco ou o limão e misture com os demais ingredientes (exceto o creme hidratante) até observar que a massa está homogênea.
·                 Leve a vasilha ao microondas durante 50 segundo, na potência máxima.
·                 Retire a tigela do microondas e mecha bem a massa, com o auxílio da colher de madeira.
·                 Volte a mistura ao microondas por mais 45 segundos.
·                  Espalhe uma colher (sopa) rasa de creme hidratante sobre uma superfície lisa.
·               Coloque a massa, ainda quente, sobre o creme espalhado e sove por vários minutos seguidos. Quanto mais você sová-la, melhor a textura da massa.
·                 Coloque a massa em um saco plástico ou envolva-a em papel filme para que não resseque.
·                Guarde a massa em lugar seco e fresco, não havendo a necessidade de guardá-la na geladeira. Apenas certifique-se de que a embalagem em que ela está guardada esteja bem fechada.

Algumas dicas importantes:

·              O tempo de cozimento da massa pode variar de um forno micro-ondas a outro. Portanto, se você achar que a massa não foi suficientemente cozida com os 45 segundos do passo 5, adicione de 2 a 5 segundos a mais.
·          Quando a massa estiver totalmente fria, troque a embalagem na qual ela está guardada, pois ela estará molhada devido ao vapor do resfriamento.
·              Quando for fazer o seu artesanato, basta escolher as cores que deseja utilizar, separar o tanto de massa que vai utilizar e colori-la com corante líquido da cor escolhida.
·                Agora que você já sabe como preparar a massa de Biscuit pode botar a mão na massa, literalmente.

Como preparar no fogão:
Misture todos os ingredientes mexendo com uma colher de pau (específica para fazer a massa - não misture com o restante da louça) até desprender do fundo da panela (antiaderente) sem estar totalmente ressecada, isto é, com um pouco de cola mole.

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